Na tarde de ontem fomos convidados pela Casa do Porto (Alameda Franca, 1225 – Jardins. Telefones: 011 2602.7255. Site: www.casadoportovinhos.com.br) para uma degustação informal e comparativa de vinhos TOP do Guia Descorchados 2010. O bate papo contou com a presença do idealizador do guia Patrício Tapia, acompanhado de Fabricio Portelli, e também de Rafael Tirado, enólogo e proprietário da vinícola Ribera Del Lago, produtora dos vinhos Labirinto. O evento organizado pelos amigos da Casa do Porto capitaneados em São Paulo pelo amigo Rodrigo Gomes teve como objetivo principal mostrar um painel representativo dos melhores vinhos do “Guia 2010” e ao mesmo tempo fazer o lançamento dos vinhos da Vinícola Ribera del Lago, destaque desta edição do Guia , que alcançou altíssimas pontuações com seu Sauvignon Blanc ( 94 pts) e com seu corte Cabernet Sauvignon- Merlot ( 93 pts). Os vinhos da Ribera del Lago serão importados exclusivamente no Brasil pela Casa do Porto devendo chegar ao mercado a partir de Junho deste ano.
Vinhos apresentados:
• Ribera del Lago Sauvignon Blanc Labirinto 2007 – Vale do Maule (94 pontos ) – Cor jade brilhante, apresentou aromas de arruda, goiaba e flores escuras e toques cítricos. Acidez marcada, bom corpo e persistência, retrogosto mineral e final de boca bem seco, vinho gastronômico. Nota 89/100 – R$ 90,00
• Erasmo 2006 – Vale do Maule (94 pontos) – Granada, boa concentração, e leve halo de evolução. Olfativamente marcado por aromas balsâmicos, toques florais, lácteos, e mentolados, finalizados por tostado muito agradável. Na boca, muita elegância e maciez, boa acidez, taninos finos, corpo médio e boa persistência lembrando vinho do velho mundo. Nota 91/100 – R$ 99,00
• Sigla 4 2008- Quatro Vinos – Vale do Maipo (92 pontos) – Violáceo, alta concentração, jovem. Aromas frutados, cereja, floral, e toques minerais e de café. Na boca, boa acidez, taninos fortes ainda verdes, corpo e persistência longa, retrogosto marcado por alcaçuz. NOTA 88/100- R$ 99,00
• Antiyal 2007 – Vale do Maipo (91 pontos) – Rubi, extra tinto sem halo. Olfativamente marcado por terciários, café, cerejas, toque mineral e leve cítrico. Na boca muito elegante, com boa acidez, taninos finos, bom corpo e persistência e retrogosto amadeirado, café confirmando o nariz. NOTA 90/100 – R$ 270,00
• Ribera del Lago Cabernet-Merlot 2007 Labirinto – Vale do Maule (93 pontos) – Rubi, alta concentração, sem halo. Frutado, cereja, mentolado, toque lácteo e agradável tostado. Boa acidez, taninos firmes ainda não resolvidos, bom corpo e persistência longa, retogosto amadeirado. NOTA 89/100 – R$ 150,00
• Domus Aurea 2006- Vale do Maipo (92 pontos ) – Granada, extra tinto, halo de evolução. Aromaticamente, muito complexo, ameixa preta, tostado, balsâmico, sottobosco, mentolado, e pimenta preta. Boca em perfeito balanço, taninos finos e vivos, estruturado, persistência longa, retrogosto marcado por cacau. NOTA 91/100 – R$ 210,00
• Almaviva 2007 – Vale do Maipo (92 pontos) – Rubi intenso, extra tinto ainda sem halo de evolução. Olfativamente, bem frutado com destaque para a cereja e o cassis, especiarias, pimenta preta, leve mentolado, e toques de aromas balsâmicos. Na boca apresentou seu tripé acidez, taninos e álcool em perfeita harmonia, destaque para os taninos finos, a elegância e final de boca encantador. NOTA 92/100 – R$ 420,00
• Clos Apalta 2007- Colchagua (92 pontos) – Granada, alta concentração, sem halo. Aromaticamente frutado, indo para ameixa, sotobosco, anis e tostado. Na boca potente, voluptuoso, mas ainda jóvem, com ligeiro álcool , taninos finos ainda verdes, persistência longa e retrogosto com muito alcaçuz. Vai longe, mas ainda não está pronto. NOTA 91/100 – R$ 312,00
Ainda tivemos a oportunidade de torarmos dois vinhos argentinos apresentados pelo Fabrizio Portelli que comento abaixo:
• Matilde Malbec 2005- Argentina – Rubi, extra tinto, sem halo. Olfativamente marcado por aromas herbáceos, menta, cereja, e tostado, toques florais. Na boca boa acidez, taninos ainda verdes, corpo médio e persistência longa. NOTA 86/100• Benegas Finca Liberdad 2005 – Argentina – Rubi, alta concentração, sem halo. Austero, toque de frutas negras, e elegante tostado. Na boca elegante, acidez correta, taninos finos, bom corpo e persistência longa. Retrogosto lembrando café. Nem parece vinho do novo mundo. NOTA 90/100