Feita a homenagem vamos agora á parte mais técnica da deliciosa noitada
Os vinhos degustados:
Champagne Philipponnat Royale Reserve
Don Pérignon 1999 Moet Chandon
Chateau Bonalgue Pomerol 2001
Chateau La Rose Cotes Rol 1997
Tokaji Aszú Oremus 5 Puttonios 2000
Sauternes Carmes de Rieussec 2005
Os pratos:
Foie Gras grelhado sobre carpaccio de pupunha e Coulis de papaia.
Filet au Poivre com batatas a la crème.
Crêpes Suzette.
Champagne Philipponnat Royale Reserve – Para mim um dos melhores Brut do mercado. Produzidos com 50% de uvas Pinot Noir, 35% de Chardonnay e 15% de Pinot Meuniere, é uma champagne de rara elegância, e de ótima estrutura. Palha, já indo para o dourado, brilhante com ótimo perlage, e mousse intensa. Olfativamente austero, leveduras, nozes, frutas evoluídas e tostado marcado. Na boca, muito fresco, mousse que enche a boca, boa persistência e final de boca agradável, mas com ligeira aspereza. NOTA 88/100.
Don Pérignon 1999 – O grande vinho da casa Moet Chandon e homenagem ao monge beneditino de mesmo nome que criou o método Champagnoise. Só produzido em anos de safras excepcionais tem como blend básico 55% de Chardonnay, e 45% de Pinot Noir. Mesmo sendo um champagne de altíssima qualidade a empresa produz cinco milhões de garrafas por safra, o que comprova o incrível controle dos processos e blend para a manutenção do padrão de qualidade. Vinho de cor dourada, já com toques de evolução, brilhante, ótima mousse , e perlage muito intensa com bolhas bem pequenas e em turbilhão. Olfativamente elegante e complexo, leveduras, nozes, toque terroso, café, sottobosco, ligeiro cítrico e com um final de taça agradavelmente frutado. Na boca ótima acidez, muito macio pelo tamanho de seu perlage, bom corpo e persistência longa, retrogosto fresco com tostado muito agradável. NOTA 93/100.
Chateau Bonalgue Pomerol 2001 – Excellente Pomerol produzido já dentro de uma linha mais frutada caracteristica das técnicas de novo mundo pelo consultor da emprêsa , o incansável Michel Rolland. Blend de 80 % de Merlor e 20% de Cabernet Franc. Vinho de cor granada, alta concentração e ligeiro halo. Olfativamente com frutas maduras, ameixas, toques florais que lembram petalas de rosa, toque mineral, e ligeiro mentolado. Na boca, bom balanço, acidez correta, taninos finos ainda não completamente prontos, bom corpo e persistência, retrogosto lembrando alcaçuz. Perdeu potência com o passar do tempo de taça.NOTA 88/100
Chateau La Rose Cotes Rol 1997 – Maravilho corte bordalês produzido com 65% de Merlot, 20% de Cabernet Franc, e 15% de Cabernet Sauvignon, mostrou toda a tipicidade dos vinhos produzido segundo as técnicas tradicionais da região. Granada, média concentração de cor, forte halo de evolução. Olfativamente austero, com frutas evoluidas quase passas, exmplo ameixas e figos, terroso, cha mate, e couro. Na boca ótima acidez, taninos resolvidos, corpo médio, ótima persistência e retrogosto com toques terrosos. NOTA 89/100
Chateau Montrose 1995 – Este vinho é produzido no Medoc, na cidade de Saint Estephe, na margem direita do rio Gironde, onde reinam absolutos os cortes com predominância de Cabernet. Produzido com corte de 65% de Cabernet Sauvignon, 25% de Merlot e 10% de Cabernet Franc. Granada com média para alta concentração e halo de evolução. Olfativamente complexo com predominância para aromas balsâmicos, azeitona preta, couro e toque herbaceo lembrando menta e aniz. Na boca ótima acidez, taninos finos, corpo surpreendentemente leve, para os padrões da região e das uvas que o compõe, persistência longa e retrogosto balsâmico. NOTA 91/100
Tokaji Aszú Oremus 5 Puttonios 2000 – Os Tokaji são definitivamente junto aos Moscateis meus vinhos favoritos para acompanhar sobremesas. De cor âmbar brilhante, trazia no olfativo os característicos aromas de mel , flor de laranjeira, e toques de ameixa fresca, com ligeiro tostado. Na boca, ótimo frescor, muito bom balanço, corpo médio e final de boca agradavelmente frutado com toques de mel. NOTA 91/100
Sauternes Carmes de Rieussec 2005 – Um Sauterne de alto padrão da Domaine Baron de Rothschild e certamente um vinho para apreciadores e entendidos. Produzido com as uvas Semillon e Sauvignon Blanc. Dourado ainda apresentando um ligeiro toque verdial. Olfativamente complexo, trazendo aromas turfados como principal característica, marmelada, aromas botritizados, químico, mineral e ligeiro cítrico. Na boca ótima acidez, bom corpo, persistência longa e retrogosto turfado confirmando olfativo. NOTA 91/100
Minhas harmonizações favoritas: Na compatibilização provamos os dois vinhos doces tanto com o Foie Gras como com o Crêpe Suzette e os dois vinhos tintos com o Filet au Poivre. Segue minha opinião particular para as compatibilizações mesmo que na opinião média dos seis tenha sido: empate dos doces com a entrada, empate dos tintos com o prato principal e vitoria do Tokaji com a sobremesa.
Foie Gras Grelhado – Com Sauternes Carmes de Rieussec , literalmente perfeito.
Filet au Poivre – Os dois se comportaram muito bem, mas ficaria com o Chateau Bonalgue que tinha um pouco mais de estrutura no momento de sua abertura.
Crêpes Suzette – Andou melhor com o Tokaji pelam semelhança de seus aromas com toques de laranja.