No espaço Sideral a estrela que mais brilha é o Altair

Na semana passada estive na Grand Cru participando da Degustação vertical do Sideral, um dos vinhos da vinícola chilena Altair. A atração foi inevitável, pois gosto muito da linha Altair e estava curioso em conhecer seus vinhos mais básicos. Casa cheia com a presença da mídia e de sommeliers. A Altair Vineyard nasceu em 2002 como resultado da joint venture entre Guillermo Luksic do Grupo Quiñenco do Chile  e de Laurent Dassault do Château Dassault da França. Vamos agora à degustação:
Sideral 2002– Corte com 70% Cabernet Sauvignon, 20% Merlot e 10% de Syrah, Cab Franc e Carmenere com 15 meses de barricas francesas, e 88 pontos WS – Rubi, alta concentração e leve halo. Olfativamente frutado, cereja, café, sottobosco, especiarias e ligeiro mentolado. Na boca bem balanceado, taninos finos ainda ligeiramente ásperos, com bom corpo e persistência, retrogosto lembrando cereja no licor. R$131,00 – NOTA 84/100.
Sideral 2003 – Corte de 84% Cabernet Sauvignon, 10 % de Merlot, 4% de Syrah, e 2% de Sangiovese com 15 meses de barricas francesas, 91 pontos RP – Granada, alta concentração, leve halo. Complexo, austero, chá, ameixa preta, terroso, pimenta preta, e chocolate, lembrava um pouco um Chianti. Na boca acidez correta, taninos marcados e finos, bom corpo e persistência, retrogosto com toque de amêndoas. Vinho com características do velho mundo. R$131,00 – NOTA 87,5/100.
Sideral 2005 – Corte de 87% de Cabernet Sauvignon e 13% de Carmenére, com 15 meses de barricas francesas, 91 pontos RP – Rubi, super concentrado, leve halo. Olfativamente frutado, cereja, vinoso, floral, violeta, goiaba, animal e tostado lembrando café. Na boca, carnudo, ótima acidez, taninos finos, bom corpo e persistência, ligeiramente alcoólico, retrogosto frutado com toque doce. Um vinho para os aprecidores de vinhos do novo mundo. R$131,00 – NOTA 86,5/100.
Interessante notar que os três vinhos são diferentes na composição de seus corte o que somado com a variação de clima das diferentes safras criam vinhos com características bem distintas o que tora difícil criar um estilo! Certamente uma influência francesa. Particularmente gostei mais da safra 2003.

Certamente o Gran finale ficou por conta do Altair, vamos a ele



Altair 2004 – Corte de 73% de Cabernet Sauvignon, 15% de Syrah, 11% de Carmenére e 1% de Cabernet Franc com 18 meses de barricas francesas e 94 pontos pelo RP. -Rubi, alta concentração, leve halo. Olfativamente complexo, ameixa, cassis, animal, terroso, couro, café, e baunilha. Na boca tripé de acidez, álcool e taninos em perfeita harmonia, macio, untuoso, estruturado, persistência longa e retrogosto bem frutado. – R$290,00- NOTA 89/100.

Walter Tommasi.

Deixe um comentário