PFV – ANTINORI


Albiera Antinori

Dentre as vinícolas italianas, poucas tem a tradição e a visibilidade da Antinori, e isso ocorre tanto no mercado internacional como no italiano. A empresa, fundada em 1385 é certamente uma das mais antigas do mundo o segredo deste sucesso, está em sua filosofia de negócios, o denominado “duplo espírito”: Tradição e Inovação. O comando da empresa está hoje nas mãos de Piero Antinori e de suas filhas Albiera, Allegra e Alessia. São 26 gerações de dedicação ao vinho e tendo como foco principalmente a região da Toscana. Suas principais vinhas somam 242 hectares e são conhecidas como Tignanello, Péppolo e Badia à Passignano. Seus vinhos brancos são produzidos na Úmbria e também em parte na Toscana enquanto os outros vinhos vem das regiões de Montepulciano, Bolgheri, Brunello e Sovana. No exterior tem propriedades ou joint ventures nos estados de Washignton e Califórnia nos EUA, na Hungria, Chile, e em Malta. O representante da família na reunião da PFV foi Albiera Antinori. Vamos aos dois vinhos degustados:


Solaia 2007 – Um IGT elaborado com 75% de Cabernet sauvignon, 5% de Cabernet Franc e 20% de Sangiovese, e 14,5% de álcool, processo de fermentação malolática feita em barricas, seguida de maturação em barricas francesas por 18 meses e um ano de garrafa.  Rubi, média concentração, sem halo. Olfativamente, complexo, frutas vermelhas, cassis, tostado, herbáceo, couro, e toques de coco. Na boca elegante, tripé correto, taninos finos, mas ainda não completamente maduros, corpo médio, persistência longa, e retrogosto frutado. Vinho jovem com muito potencial de envelhecimento. NOTA 90/100.

Solaia 2001 Vinho elaborado com o mesmo corte do exemplar acima, 13,5% de álcool, fermentação malolática em barricas, maturação em barricas novas francesas por 14 meses e um ano de garrafa. Granada, média concentração, leve halo. Olfativamente complexo com predominância de aromas de frutas evoluídas, balsâmico, violetas, sottobosco, tostado, funghi, couro e toque de toffe. Na boca, muito elegante, tripé perfeito, macio, taninos, finos, bom corpo e persistência, suculento, retrogosto frutado com toques tostados. Um Bordeaux produzido na Itália e na hora certa para ser tomado. NOTA 92/100.
Walter Tommasi

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