Degustação Decanter Parte II

 
Conforme prometido ontem seguem abaixo mais dois vinhos que tive a oportunidade de provar na prova conduzida pelo Guilherme Corrêa na Decanter nesta última 3ª feira. Para este post resolvi destacar dois vinhos diferentes, que me chamaram a atenção: 1) O branco pelo seu marcante aroma . 2) O tinto por ser francês elaborado com a uva Malbec mas que me lembrou mais os irmãos argentinos do que os de sua região de orígem.  São vinhos que você toma e nunca esquece, não precisa ser pelo fato de serem o que mais gostou, mas sim pela peculiaridade olfativa ou característica gustativa. Ai vão eles:

Sauvignon de La Tour 2009 Villa Russis – Friuli Itália – Um dos melhores produtores de vinho do Friuli, elaborado com 100% de uvas Sauvignon Blanc provenientes do Collio Gorizano que é formado basicamente por Marga( calcário e  argila). Álcool 15,5% e acidez de 5,6 g/l ,fermentado em aço inox e permanecendo em contato com as lias por 11 meses. Palha verdeal, brilhante. Olfativamente marcado por aromas herbáceos especialmente sálvia, que caracteriza fortemente este vinho, traz também mineral, e ligeiro toque de maracujá azedo. Na boc,acidez correta, untuoso, encorpado e com persistência longa. Retrogosto confirma o nariz com forte herbáceo. Um vinho de qualidade para quem gosta de aromas marcantes. R$ 155,00 – NOTA 86/100.

Château Lagrézette 500Th Harvest 2003 – Cahors França – Varietal com predominância de Malbec 85%, Merlot 14%, e Tannat 1%,( legislação local permite até um mínimo de 70% de Malbec para ser considerado varietal e os restantes 30% apenas com a Merlot e a Tannat). Este vinho é elaborado por um dos mais afamados flying winemakers do mundo, Michel Roland, em Cahors, origem da uva Malbec. As variedades que compõe este corte são vinificadas separadamente, mas, após mescladas passam por 18 a 20 meses de maturação em barricas de carvalho francês. Rubi, alta concentração, sem halo. Olfativamente complexo, floral, menta, frutas doces, especiarias, e tostado. Na boca, macio, com acidez média, taninos finos, suculento, bom corpo e persistência longa. Alem da leve doçura olfativa, a baixa acidez, os taninos delicados, e a maciez de boca, me fazem lembrar mais dos Malbec argentinos do que os estruturados e t6anicos Malbecs de Cahors.  R$ 138,00 –  NOTA 87/100.


Walter Tommasi

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