Na semana passada São Paulo recebeu uma importante comitiva
de produtores do Alentejo composta pelas vinícolas : Adega de Borba, Adega de
Redondo, Fundação Eugênio de Almeida, Cortes de Cima, Carm Group, Herdade do Mouchão,
Herdade São Miguel, J. Portugal Vinhos, Monte da Capela, Outeiro de S Romão,
Paço do Conde, Paulo Laureano Vinhos, Quinta do Zambujeiro, Sogrape, Tapada do
Fidalgo, e Tiago Cabaço Wines, em evento organizado pela CVRA – Comissão
Vitivinicola Regional do Alentejo. No dia foram realizados dois Master Class ficando a apresentação dos
mesmos a cargo do simpático Rui Falcão com a organização geral com Maria
Amélia.
de produtores do Alentejo composta pelas vinícolas : Adega de Borba, Adega de
Redondo, Fundação Eugênio de Almeida, Cortes de Cima, Carm Group, Herdade do Mouchão,
Herdade São Miguel, J. Portugal Vinhos, Monte da Capela, Outeiro de S Romão,
Paço do Conde, Paulo Laureano Vinhos, Quinta do Zambujeiro, Sogrape, Tapada do
Fidalgo, e Tiago Cabaço Wines, em evento organizado pela CVRA – Comissão
Vitivinicola Regional do Alentejo. No dia foram realizados dois Master Class ficando a apresentação dos
mesmos a cargo do simpático Rui Falcão com a organização geral com Maria
Amélia.
Rui Falcão |
Alentejo é uma região “teoricamente” jóvem na produção de
vinhos e que ganhou destaque mundial por elaborar exemplares bem fáceis de beber, bastante frutados, com
acidez média, taninos doces e certa alcolicidade bem a gosto do consumidor
norte americano. De certa forma este estilo se deve ao clima quente da região somado
a uvas colhidas em vinhedos novos assim como de modernas técnicas de vinificação. Entretanto
se observarmos a historia dos vinhos do Alentejo veremos que esta tradicional
região vitivinicola é bem mais antiga , mas foi forçada a ficar de stand by por ocasião do regime ditatorial de Salazar
que dizimou as videiras em todas as áreas produtivas substituindo-as pelo
plantio de alimentos, situação esta só alterada nbos anos 1980 já com novo
governo e principalmente pela forte injeção de capital da Comunidade Européia .
vinhos e que ganhou destaque mundial por elaborar exemplares bem fáceis de beber, bastante frutados, com
acidez média, taninos doces e certa alcolicidade bem a gosto do consumidor
norte americano. De certa forma este estilo se deve ao clima quente da região somado
a uvas colhidas em vinhedos novos assim como de modernas técnicas de vinificação. Entretanto
se observarmos a historia dos vinhos do Alentejo veremos que esta tradicional
região vitivinicola é bem mais antiga , mas foi forçada a ficar de stand by por ocasião do regime ditatorial de Salazar
que dizimou as videiras em todas as áreas produtivas substituindo-as pelo
plantio de alimentos, situação esta só alterada nbos anos 1980 já com novo
governo e principalmente pela forte injeção de capital da Comunidade Européia .
Mas devo dizer que rotular esta região, tomando como base um
estilo que os tornou famosos, é no mínimo erroneo pois além de
termos varios processos de produção,e
estilo diferentes de cada produtor, temos que também nos atentar as sub regiões
de onde as uvas foram originadas, pois cada uma tem clima diferente o que afeta
sobremaneira o estilo dos vinhos produzidos, e acho que esta degustação de
vinhos comprovou isto.
estilo que os tornou famosos, é no mínimo erroneo pois além de
termos varios processos de produção,e
estilo diferentes de cada produtor, temos que também nos atentar as sub regiões
de onde as uvas foram originadas, pois cada uma tem clima diferente o que afeta
sobremaneira o estilo dos vinhos produzidos, e acho que esta degustação de
vinhos comprovou isto.
O Alentejo tem hoje 8 sub regiões: Borba, Èvora, Granja
Amareleja, Moura, Porto Alegre,Redondo, Reguengos, e Vidigueira.
Amareleja, Moura, Porto Alegre,Redondo, Reguengos, e Vidigueira.
Bem vamos agora as minhas considerações e descrição dos
vinhos provados durante os dois master class que participei: Primeiramente devo
dizer que a maioria dos vinhos degustados se apresentavam bem mais frescos e
gastronômicos do que o esperado, mostrando a preocupação dos produtores locais
em acompanhar o gosto do mercado consumidor que tem mudado nos últimos anos.
Vamos a todos os vinhos e comentarios detalhados .
vinhos provados durante os dois master class que participei: Primeiramente devo
dizer que a maioria dos vinhos degustados se apresentavam bem mais frescos e
gastronômicos do que o esperado, mostrando a preocupação dos produtores locais
em acompanhar o gosto do mercado consumidor que tem mudado nos últimos anos.
Vamos a todos os vinhos e comentarios detalhados .
PRIMEIRA MASTER CLASS
1) Pera Manca Branco
Fundação Eugenionde Almeida 2010 – Corte de Arinto e Antão Vaz. Dourado,
brilhante. Ótima expressão aromática, frutas amarelas frescas, floral, cêra, ervas
escuras, tostado, e ligeira baunilha. Na boca, ótima acidez, seco, fresco,
encorpado, tendo no retrogosto amêndoas
e frutas amarelas . Nota 89/100
Fundação Eugenionde Almeida 2010 – Corte de Arinto e Antão Vaz. Dourado,
brilhante. Ótima expressão aromática, frutas amarelas frescas, floral, cêra, ervas
escuras, tostado, e ligeira baunilha. Na boca, ótima acidez, seco, fresco,
encorpado, tendo no retrogosto amêndoas
e frutas amarelas . Nota 89/100
2) Tapada do Fidalgo
Reserva 2008 – Corte com Aragonez, Trincadeira e Alicante Bouchet. Violáceo,
média concentração, sem halo. Frutado, tutti fruti, amora, pimenta, e toque vegetal. Boa acidez,
taninos presentes, bom frescor, corpo médio, ponta de álcool, final de boca
frutado com ligeiro amargor. Nota 88/100
Reserva 2008 – Corte com Aragonez, Trincadeira e Alicante Bouchet. Violáceo,
média concentração, sem halo. Frutado, tutti fruti, amora, pimenta, e toque vegetal. Boa acidez,
taninos presentes, bom frescor, corpo médio, ponta de álcool, final de boca
frutado com ligeiro amargor. Nota 88/100
3) Cortes de cima
Syrah tinto 2011– Varietal 100% Syrah. Violáceo alta concentração, sem
halo. Frutas negras, austero, pimenta intensa, menta, toque ligeiramente
mineral, e floral. Otima acidez, taninos finos, corpo médio, suculento, retrogosto
com frutas negras, e ligeiro toque adocicado. Nota 88/100
Syrah tinto 2011– Varietal 100% Syrah. Violáceo alta concentração, sem
halo. Frutas negras, austero, pimenta intensa, menta, toque ligeiramente
mineral, e floral. Otima acidez, taninos finos, corpo médio, suculento, retrogosto
com frutas negras, e ligeiro toque adocicado. Nota 88/100
4)Marques de Borba
Reserva Tinto 2009 – Corte de Aragonez, Trincadeira, e Alicante Bouchet. – Violáceo
extra tinto, sem halo. Frutas negras, grafite, cereja azeda, herbáceo, aniz,
leve tabaco. Alta acidez, taninos intensos verdes, fresco, corpo medio retrogosto
frutado. Vinho duro com bastante acidez, gastronômico. Nota 87/100.
Reserva Tinto 2009 – Corte de Aragonez, Trincadeira, e Alicante Bouchet. – Violáceo
extra tinto, sem halo. Frutas negras, grafite, cereja azeda, herbáceo, aniz,
leve tabaco. Alta acidez, taninos intensos verdes, fresco, corpo medio retrogosto
frutado. Vinho duro com bastante acidez, gastronômico. Nota 87/100.
5)Herdade São Miguel
Reserva 2009 – Corte de Aragones, Alicante Bouchet e Cabernet Sauvignon.- Violáceo,
média concentração, sem halo. Floral, frutas negras maduras, amora,menta, e
café. Na boca , redondo, boa acidez, taninos vivos, corpo médio, retrogosto frutado
e fresco. Nota 89/100
Reserva 2009 – Corte de Aragones, Alicante Bouchet e Cabernet Sauvignon.- Violáceo,
média concentração, sem halo. Floral, frutas negras maduras, amora,menta, e
café. Na boca , redondo, boa acidez, taninos vivos, corpo médio, retrogosto frutado
e fresco. Nota 89/100
6) Selection Paulo
Laureano 2010 – Varietal 100% Tinta Grossa – Rubi, alta concentração, leve
halo. Frutas negras maduras, herbáceo, mineral. Boa acidez, taninos intensos e finos,
estruturado, retrogosto frutado e mineral. Um vinho de muita personalidade
quase rústico, mas ao mesmo tempo
elegante. Nota 91/100
Laureano 2010 – Varietal 100% Tinta Grossa – Rubi, alta concentração, leve
halo. Frutas negras maduras, herbáceo, mineral. Boa acidez, taninos intensos e finos,
estruturado, retrogosto frutado e mineral. Um vinho de muita personalidade
quase rústico, mas ao mesmo tempo
elegante. Nota 91/100
7) Mouchão Tinto 2007
– Corte de Alicante Bouchet e Trincadeira. – Rubi indo para granada, leve halo. Frutas
negras quase maduras, especiarias, pimenta, herbaceo, e floral. Boa acidez,
taninos finos, musculoso, corpo bom, retrogosto frutado com toque terroso. Um
clássico da região, com estilo robusto que precisa de muito tempo em garrafa .
Nota 92/100
– Corte de Alicante Bouchet e Trincadeira. – Rubi indo para granada, leve halo. Frutas
negras quase maduras, especiarias, pimenta, herbaceo, e floral. Boa acidez,
taninos finos, musculoso, corpo bom, retrogosto frutado com toque terroso. Um
clássico da região, com estilo robusto que precisa de muito tempo em garrafa .
Nota 92/100
8) Zambujeiro 2008
– Corte de Araones e Touriga Nacional. – Violáceo, extra tinto, sem halo.
Frutas negras, grafite, tinta de caneta, toque de menta. Boca redonda, taninos
finos encorpado, macio, muito gostoso, retrogosto frutado. Tremendo vinho
dentro do estilo mais noivo mundo. Nota 90/100
– Corte de Araones e Touriga Nacional. – Violáceo, extra tinto, sem halo.
Frutas negras, grafite, tinta de caneta, toque de menta. Boca redonda, taninos
finos encorpado, macio, muito gostoso, retrogosto frutado. Tremendo vinho
dentro do estilo mais noivo mundo. Nota 90/100
SEGUNDA MASTER CLASS
1) Adega de Borba DOC
Branco 2012– Corte de Antao, Vaz e Arinto, e Roupeiro. – Palha brilhante. Cítrico, mexerica, floral.
Boa acidez, corpo meio, retrogosto cítrico. Um vinho fresco de área fria. Nota 87/100
Branco 2012– Corte de Antao, Vaz e Arinto, e Roupeiro. – Palha brilhante. Cítrico, mexerica, floral.
Boa acidez, corpo meio, retrogosto cítrico. Um vinho fresco de área fria. Nota 87/100
2) Reserva ACR DOC
Tinto 2009 – Corte de Aragonez, Trincadeira, e Alicante bouchet. Rubi, alta
concentração, leve halo. Floral, fruta azeda,e mineral. Na boca, elegante,
taninos presentes, alta acidez, corpo medio , elegante, retrogosto frutado com toque
amadeirado. Nota 88/100
Tinto 2009 – Corte de Aragonez, Trincadeira, e Alicante bouchet. Rubi, alta
concentração, leve halo. Floral, fruta azeda,e mineral. Na boca, elegante,
taninos presentes, alta acidez, corpo medio , elegante, retrogosto frutado com toque
amadeirado. Nota 88/100
3) Regia Colheita
Branco 2011 –Corte de Antão Vaz,
Arinto, e Perrum. – Dourado, brilhante. Abacaxi fresco, pimenta branca,
defumado, ligeira tosta. Boa acidez, seco, fresco, austero, retrogosto frutado
e ervas verdes Nota 87/100
Branco 2011 –Corte de Antão Vaz,
Arinto, e Perrum. – Dourado, brilhante. Abacaxi fresco, pimenta branca,
defumado, ligeira tosta. Boa acidez, seco, fresco, austero, retrogosto frutado
e ervas verdes Nota 87/100
4) Herdade da Capela Reserva 2008 – Corte de Trincadeira,
Aragones e Alicante Bouchet. – Violáceo, média concentração, sem halo. Feno,
fruta madura, floral, e ligeiro adocicado. Boa acidez, taninos
presentes, ponta de alcool, retro frutado. Nota
86/100
Aragones e Alicante Bouchet. – Violáceo, média concentração, sem halo. Feno,
fruta madura, floral, e ligeiro adocicado. Boa acidez, taninos
presentes, ponta de alcool, retro frutado. Nota
86/100
5) Herdade das
Albernoas Tinto 2011 –Corte de Aragonez, Trincadeira e Alicante
Bouchet. Violáceo, média concentração, sem
halo. Cereja em compota, leve mentolado, e acerola . Na boca, alta acidez, tânico,
corpo médio, retro frutado com toque amargo, ponta de alcool. Nota 86/100
Albernoas Tinto 2011 –Corte de Aragonez, Trincadeira e Alicante
Bouchet. Violáceo, média concentração, sem
halo. Cereja em compota, leve mentolado, e acerola . Na boca, alta acidez, tânico,
corpo médio, retro frutado com toque amargo, ponta de alcool. Nota 86/100
6) Herdade do Peso
Colheita tinto 2011 – Corte de Aragones, Alicante Bouchet, e Afrocheiro. Violáceo,
alta concentração, leve halo. Olfativamente com frutas negras, baunilha, e sottobosco.
Elegante, fresco, taninos finos, corpo
medio, retrogosto frutado, gastronômico. Nota 89/100
Colheita tinto 2011 – Corte de Aragones, Alicante Bouchet, e Afrocheiro. Violáceo,
alta concentração, leve halo. Olfativamente com frutas negras, baunilha, e sottobosco.
Elegante, fresco, taninos finos, corpo
medio, retrogosto frutado, gastronômico. Nota 89/100
7) .Com tinto 2010
– Corte com Aragonez, Trincadeira, Touriga Nacional e Cabernet Sauvignon. – Violáceo boa concentração, sem halo, Floral,
vinoso, resina, e pimenta preta. Otima acidez, taninos verdes, corpo médio, retrogosto
frutado com toque tostado. Nota 88/100
– Corte com Aragonez, Trincadeira, Touriga Nacional e Cabernet Sauvignon. – Violáceo boa concentração, sem halo, Floral,
vinoso, resina, e pimenta preta. Otima acidez, taninos verdes, corpo médio, retrogosto
frutado com toque tostado. Nota 88/100