Degustaçõ de Riesling TOP

Como jornalista
especializado em vinhos, tenho a difícil tarefa de degustar exemplares quase
que diariamente ( hick) mas normalmente analiso vinhos jovens disponíveis no
mercado, torna-se portanto uma um grande momento de prazer “beber” vinhos prontos
com amigos apreciadores. Na semana passada em uma das confrarias de que faço
parte decidimos abrir algumas garrafas de Riesling TOP antigos com cada confrade
se encarregando de levar um rotulo que poderia ser considerado como seu favorito
em degustação a ser realizada às cegas. Para mais esta experiência seguimos a
sugestão do Bronza, e reservamos o novo restaurante  Corrutela  do jovem César Costa, o qual gostaria de
recomendar pois surpreendeu a todos os presentes que inicialmente só pensavam
nos vinhos mas saíram deliciados também com os pratos servidos . Vamos então aos
contendores de nossa suave pancadaria:

Joh. Jos
Prum  Wehlener Sonnenuhr Spatlese 2011 –
Mosel – Alemanha – Muitos não gostam da denominação “vinho feminino” mas essa
doçura se destacou pelo frescor e elegância, vinho fácil de beber e apreciar,
mas que depois de duas taças seu açúcar residual acaba deixando-o um pouco
enjoativo, mas ainda assim a garrafa secou rapidamente. Gostaria de toma-lo
daqui uns 5 a 10 anos pois promete longa guarda.












Marc Kreydenweiss
Clos Rebberg 2006 – Alsácia – França – Um vinho eclesiástico, me lembrou visitar
 uma igreja, por seus aromas de incenso acompanhados
de frutas amarelas evoluídas. Na boca intenso com leve tanicidade. Um vinho que
passou um pouco seu momento ideal de consumo. Minha experiência com os vinhos
deste produtor é que os mesmos devem ser tomados mais jovens.













Egon Muller
Riesling Spatlese Scharzhofberger 2007 – Saar – Alemanha – Um vinho camaleônico,
um David Bowie cheio de camadas olfativas que foram abrindo com o tempo de
taça, floral, mineral lembrando pedra molhada, avelã, melão doçe, pera, mel,
pêssego, leve petrolato. Na boca generoso, suculento, refrescante e mineral. Um
vinho que definitivamente pede tempo de descanso antes de ser consumido e com
longa vida pela frente.











Weingut Herbert Giessen Erben Deidesheimer Grainhübel Riesling Auslese1989 – Pfalz – Alemanha – Um riesling
mais radical em seus aromas, cereais secos, petrolato e frutas amarelas com
evolução, própolis, botrytis,e especiarias. Na boca, direto, seco, opulento,
mas extremamente harmonioso, e complexo, realmente uma surpresa agradável que
entrou na minha lista de adegados.












Weingut
Knoll Ried Kellerberg Durnsteiner Riesling 2009 – Wachau – Áustria – Apelidado
de Klovis por um grupo de amigos apreciadores devido seu rótulo carnavalesco. Um
Riesling direto, mineral, com pedra triturada, e fruta amarela, e leve
querosene. Na boca, concentrado, bone dry, acidez cortante, longilíneo, fresco
e vibrante matou saudades, garanto que iria evoluir ainda mais com tempo de
garrafa. Como sempre desfilou pomposo e manteve entre os  hors concourse 
agora junto com Egon e Giessen











Clemens Busch  Rothenpfad Spatlese 2006 – Mosel – Alemanha –
Um exemplar mais musculoso ao estilo Schwarzenegger, ameixa, figo seco, toque
de botrytis. Boa acidez, muita estrutura, mas o álcool em excesso predominou
prejudicando para mim o balanço de boca.












Certamente
o tema merece um novo encontro

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