Tradição não é primazia apenas das vinícolas
europeias, a Norton é um bom exemplo disto. Em 1895 o engenheiro inglês Edmond
Norton chega a Argentina para ajudar a construção de uma ferrovia, mas imediatamente
se encanta pelo local e planta seus primeiros vinhedos com algumas castas de
origem francesa e posteriormente inicia a produção de seus primeiros vinhos. A
vinícola cresceu e criou raízes, e a fama de ótima qualidade sob o comando da
família, até que em 1989 é adquirida pela família Swarovski que continua sua
expansão com a aquisição de novas terras, assim como a melhoria se seus
processos de produção. Em 2012 um prêmio de grande importância, Jorge Riccitelli
é o primeiro sul americano a ganhar o cobiçado prêmio de enólogo do ano pela
revista Wine Enthusiast. Já em 2014 com a eminente saída de Jorge a Norton
contrata David Bonnomi para assumir função de enólogo chefe da casa e já em
2017 é reconhecido pela Decanter como um dos melhores enólogos da América do
Sul. E foi David que tive o prazer de conhecer recentemente em uma apresentação
dos vinhos da Norton que teve seu ponto alto na vertical de seu vinho Pedriel del Centenário. A Norton possui hoje 5 vinhedos em zonas
diferentes da Argentina: 1) Medrano, 72 hectares a 700 metros acima do nível do
mar com solos arenoso de boa profundidade onde são plantadas Chardonnay, Chenin
e Bonarda. 2) Lunlunta, 20 hectares
plantados com Malbec a 850 metros acima do nível do mar, em solos aluviais, limo
arenosos. 3) Agrelo, 30 hectares plantados com Malbec a 950 metros acima do
nível do mar, em solos aluviais com capa
de areia relativamente profunda e uma camada de pedras. Seus vinhedos tem em média
90 anos de idade. 4) Pedriel, 100 hectares plantados com Cabernet Sauvignon,
Merlot e Malbec a 950 metros acima do nível do mar, com solos muito pobres e
videiras de 30 a 50 anos de idade. 5) La Colonia com 1045 hectares a 1.100
metros acima do nível do mar, dos quais 450 plantados com diversas varietais,
em solos aluviais com preponderância de areia e pedras.
europeias, a Norton é um bom exemplo disto. Em 1895 o engenheiro inglês Edmond
Norton chega a Argentina para ajudar a construção de uma ferrovia, mas imediatamente
se encanta pelo local e planta seus primeiros vinhedos com algumas castas de
origem francesa e posteriormente inicia a produção de seus primeiros vinhos. A
vinícola cresceu e criou raízes, e a fama de ótima qualidade sob o comando da
família, até que em 1989 é adquirida pela família Swarovski que continua sua
expansão com a aquisição de novas terras, assim como a melhoria se seus
processos de produção. Em 2012 um prêmio de grande importância, Jorge Riccitelli
é o primeiro sul americano a ganhar o cobiçado prêmio de enólogo do ano pela
revista Wine Enthusiast. Já em 2014 com a eminente saída de Jorge a Norton
contrata David Bonnomi para assumir função de enólogo chefe da casa e já em
2017 é reconhecido pela Decanter como um dos melhores enólogos da América do
Sul. E foi David que tive o prazer de conhecer recentemente em uma apresentação
dos vinhos da Norton que teve seu ponto alto na vertical de seu vinho Pedriel del Centenário. A Norton possui hoje 5 vinhedos em zonas
diferentes da Argentina: 1) Medrano, 72 hectares a 700 metros acima do nível do
mar com solos arenoso de boa profundidade onde são plantadas Chardonnay, Chenin
e Bonarda. 2) Lunlunta, 20 hectares
plantados com Malbec a 850 metros acima do nível do mar, em solos aluviais, limo
arenosos. 3) Agrelo, 30 hectares plantados com Malbec a 950 metros acima do
nível do mar, em solos aluviais com capa
de areia relativamente profunda e uma camada de pedras. Seus vinhedos tem em média
90 anos de idade. 4) Pedriel, 100 hectares plantados com Cabernet Sauvignon,
Merlot e Malbec a 950 metros acima do nível do mar, com solos muito pobres e
videiras de 30 a 50 anos de idade. 5) La Colonia com 1045 hectares a 1.100
metros acima do nível do mar, dos quais 450 plantados com diversas varietais,
em solos aluviais com preponderância de areia e pedras.
Vamos agora comentar um pouco sobre os vinhos
apresentados na vertical:
apresentados na vertical:
Pedriel del Centenário
2015 – Violáceo, extra
tinto, sem halo. Cereja, tostado, frutas vermelhas, pimenta toque de menta e
violetas. Boca macia, taninos finos, mas intensos, suculento, leve pontinha de álcool,
um vinho de boa estrutura com final frutado e muito fácil de beber. Muita
qualidade com a ajuda da safra mais frias dos últimos 50 anos.
2015 – Violáceo, extra
tinto, sem halo. Cereja, tostado, frutas vermelhas, pimenta toque de menta e
violetas. Boca macia, taninos finos, mas intensos, suculento, leve pontinha de álcool,
um vinho de boa estrutura com final frutado e muito fácil de beber. Muita
qualidade com a ajuda da safra mais frias dos últimos 50 anos.
Pedriel del Centenário
2012 – Violáceo, média
concentração, sem halo. Fruta negra fechado, seivoso, leve presença de madeira.
Na boca, potente, taninos presentes finos, mas ainda perceptíveis, ponta de álcool,
longo e retrogosto frutado. Vinho com tudo para melhorar com guarda em garrafa,
fácil fácil mais 4 anos.
2012 – Violáceo, média
concentração, sem halo. Fruta negra fechado, seivoso, leve presença de madeira.
Na boca, potente, taninos presentes finos, mas ainda perceptíveis, ponta de álcool,
longo e retrogosto frutado. Vinho com tudo para melhorar com guarda em garrafa,
fácil fácil mais 4 anos.
Pedriel del Centenario
2009 – Rubi violáceo,
alta concentração, sem halo. Olfativamente complexo, com especiarias, violetas,
frutas negras maduras, e toque delicado de terciários. Na boca, boa acidez,
taninos muito finos ainda presentes, corpo médio, final bem ajustado e macio.
Vinho maduro, pronto para consumo, foi meu favorito do painel nesta data.
2009 – Rubi violáceo,
alta concentração, sem halo. Olfativamente complexo, com especiarias, violetas,
frutas negras maduras, e toque delicado de terciários. Na boca, boa acidez,
taninos muito finos ainda presentes, corpo médio, final bem ajustado e macio.
Vinho maduro, pronto para consumo, foi meu favorito do painel nesta data.
Pedriel del Centenário
2008 – Rubi, média concentração,
sem halo. No nariz, ainda fechado, e
austero, tabaco, violetas, frutas negras, pimenta. Boca macia, taninos
resolvidos, corpo amplo, retrogosto macio, álcool aparente. Vinho mais pronto,
mas carregado bem no estilo conhecido como novo mundo.
2008 – Rubi, média concentração,
sem halo. No nariz, ainda fechado, e
austero, tabaco, violetas, frutas negras, pimenta. Boca macia, taninos
resolvidos, corpo amplo, retrogosto macio, álcool aparente. Vinho mais pronto,
mas carregado bem no estilo conhecido como novo mundo.
Pedriel del Centenário
2007 – Rubi indo
para granada, leve halo. Frutas
vermelhas maduras, lácteo, especiarias, tostado. Media acidez, taninos
presentes, alcoólico, encorpado, final modernão, bom representante dos chamados
fruit bomb.2007 foi safra fria logo vinho devia ser mais leve, mas na época o
estilo era ditado pelo gosto de vinhos mais pesados.
2007 – Rubi indo
para granada, leve halo. Frutas
vermelhas maduras, lácteo, especiarias, tostado. Media acidez, taninos
presentes, alcoólico, encorpado, final modernão, bom representante dos chamados
fruit bomb.2007 foi safra fria logo vinho devia ser mais leve, mas na época o
estilo era ditado pelo gosto de vinhos mais pesados.
Pedriel del Centenário
2006 – Granada, média
concentração, halo de evolução. Herbáceo, geleia de fruta vermelha, lácteo,
grama cortada, e floral. Bom balanço de boca, corpo intenso, final de boca bem
frutado, terroso, e tostado, baunilha.
2006 – Granada, média
concentração, halo de evolução. Herbáceo, geleia de fruta vermelha, lácteo,
grama cortada, e floral. Bom balanço de boca, corpo intenso, final de boca bem
frutado, terroso, e tostado, baunilha.
Ter a oportunidade de participar de uma
vertical de vinhos de alta gama como foi este caso, é sempre muito didático, normalmente
notamos uma diferença bem significativa entre vinhos de safras quentes e frias,
onde os exemplares da primeira são sempre mais frutados alcoólicos, enquanto os
da segunda são mais diretos frescos e duros, pedindo guarda em garrafa. Mas não
nos podemos esquecer que a manipulação no processo de produção das uvas e de
seus vinhos pode mudar completamente o estilo. Em nossa prova notamos que os 3
primeiros vinhos estavam mais elegantes e frescos enquanto os 3 últimos mais alcoólicos
e pesados mesmo que tenhamos tido anos mais frios como no caso da safra de 2007.
Definitivamente uma década onde a demanda para vinhos estruturados era o padrão,
diferentemente dos dias de hoje onde os consumidores pedem vinhos mais leves.
vertical de vinhos de alta gama como foi este caso, é sempre muito didático, normalmente
notamos uma diferença bem significativa entre vinhos de safras quentes e frias,
onde os exemplares da primeira são sempre mais frutados alcoólicos, enquanto os
da segunda são mais diretos frescos e duros, pedindo guarda em garrafa. Mas não
nos podemos esquecer que a manipulação no processo de produção das uvas e de
seus vinhos pode mudar completamente o estilo. Em nossa prova notamos que os 3
primeiros vinhos estavam mais elegantes e frescos enquanto os 3 últimos mais alcoólicos
e pesados mesmo que tenhamos tido anos mais frios como no caso da safra de 2007.
Definitivamente uma década onde a demanda para vinhos estruturados era o padrão,
diferentemente dos dias de hoje onde os consumidores pedem vinhos mais leves.
Os vinhos da Norton são distribuídos no Brasil
pela Winebrands, onde o Pedriel del
Centenário da safra 2012 é vendido a R$ 293
pela Winebrands, onde o Pedriel del
Centenário da safra 2012 é vendido a R$ 293