Koyle biodinâmicos que fazem minha cabeça

Cristóbal Undurraga

Durante esta
semana participei de apresentação da nova linha da Koyle, que contou com a
presença de Cristóbal Undurraga enólogo e proprietário desta moderna vinícola.
Claro que vendo o sobrenome logo vocês lembrarão dos tradicionalíssimos vinhos
Undurraga. Sim a família de Cristóbal fundou em 1885 a vinícola que ainda leva
seu nome, mas que foi vendida em 2006 a um outro grande grupo deste segmento. Cristóbal
5ª geração da família não perdeu tempo e no mesmo ano aproveitou o capital
recebido na venda da marca e das antigas instalações para iniciar o novo
projeto “Koyle”, mas dentro de uma nova visão voltada para a sustentabilidade,
respeito a natureza com produção de vinhos biodinâmicos. Conheci Cristóbal em
2014 e fiquei impressionado com sua dedicação e pela confiança que mostrava com
o processo biodinâmico, e hoje depois de 4 anos vejo que ele está convencido e
feliz com a escolha deste caminho. Durante sua ótima apresentação foi
perguntado sobre a atual moda de produção de vinhos naturais onde vale tudo,
inclusive a aceitação por muitos do que consideramos  como defeitos, explo brett, acidez volátil, etc,
e sua resposta foi firme e incisiva ”Não quero e não aceito que meus vinhos
tenham defeitos de produção, existe muita gente confundindo características de
terroir com processos mal conduzidos que geram vinhos com graves defeitos. Quero
vinhos limpos, frutados e com a menor interferência possível”. Hoje todos os
vinhos elaborados pela Koyle são biodinâmicos com certificação Demeter, orgânicos
com certificado da Ecocert, e mais recentemente Vegan, e Non Gmo.
O que a Koyle
busca pela biodinâmica é uma maneira de trabalhar em harmonia com os eco sistemas
naturais para proteger e preservar a diversidade das espécies e a vida para o
bem estar das futuras gerações.
A Koyle possui 80
hectares plantados com as variedades: Carmenere, Cabernet Sauvignon,
Merlot,
Cabernet Franc, Tempranillo, Malbec, Grenache, Syrah, Petit Verdot, Mourvedre,
Carignan, Sangiovese, e mais uma área de 800 hectares de reserva ecológica. O
solo da região apresenta uma matriz de rocha basáltica com tamanhos diferentes em
estado de decomposicão, divididas em três terraços: o primeiro a 400 metros
acima do mar, 20% de argila e rochas pequenas. O segundo terraço a 500 metros
acima do nível do mar, com 15% de argila e rochas de tamanho médio como bolas
de futebol. O terceiro terraço a 600 metros de altura, com 10% de argila e
rochas muito grandes com fragmentação. Sua temperatura média é fria devido a corrente de
Humboldt, e pelas correntes frias que vem da cordilheira dos Andes, sendo seu
clima mediterrâneo com grande amplitude térmica entre dias e noites o que geram
mais compostos fenólicos nas uvas colhidas.


Vinhos provados:

Koyle Costa Cuartzo Sauvignon Blanc 2017
Varietal 100% Sauvignon Blanc elaborado com uvas de Paredones, Colchagua Cost ,
com 4 meses de contato com suas lias –  R$
149

Koyle Cerro Basalto C Mediterraneo 2013 – Primeira colheita, corte com 50% de Monastrel, 30% Garnacha, 15% Syrah, e 5% Cariñena
com uvas do 3º   terraço – 12 meses de guarda em barrica, e
ovos de concreto separados por variedade, e depois 6 meses juntos em bottes de
5 mil litros. R$225

Koyle Cerro Basalto 2016 – Mesmas variedades do 2013, mas com Cariñena passando para perto de 20% e Syrah para 1% com uvas do 3º
terraço, com passagem de 12 meses por barricas, e ovos de concreto separados
por variedade, e depois 6 meses juntos em bottes de 5 mil litros. Ainda não
disponível no Brasil.

 Koyle
Cerro Basalto Cuartel G 2 de 2015
– Corte com 94% de Carmenere e 6% de Cabernet
Franc, com uvas do 3º terraço com passagem de 18 meses de barrica. R$ 225

Koyle Royale Carmenere 2015 – Varietal 100%
Carmenere, com uvas do 2º e 3º terraço, e passagem de 18 meses por barricas. R$
105.

Koyle Royale Sauvignon 2015 – Varietal 100%
Cabernet Sauvignon, com uvas do 2º e 3º terraço, e passagem de 20 meses por
barricas.  R$ 105.

Uma observação que considero importante, todos
sabem que não sou muito apreciador da casta Carmenere, mas devo dizer que nestes
exemplares da Koyle aqueles aromas herbáceos intensos e o famoso toque de
amargor que costumo sentir, não estiveram presentes. Curioso como sempre
perguntei ao Cristóbal o que você fez para conseguir esta façanha, e a resposta foi, “Nada” apenas
não utilizei fertilizantes químicos nitrogenados. Vivendo
e aprendendo !

Belos vinhos, dando destaque para o Cuatzo, o
Cerro Basalto 2016, o Cuartel 2, e o Koyle Sauvignon.

Grand Cru: Site- www.grandcru.com.br
– Fone 0800 777 8558

Deixe um comentário