Produtor: Nicolas Joly
Uvas: 100% Chenin Blanc
Orígem: Loire – França
15 % de álcool
Preço R$ -916,00 na Clarets para safra 2018
A história
Quando o assunto é vinho biodinâmico o primeiro nome que nos vem à mente é Nicolas Joly, mas o difícil é definir qual predicado o acompanha? Genio, pai, próceres, precursor, pioneiro, bandeirante, papa dos vinhos biodinâmicos, particularmente prefiro me referir a ele como a pessoa mais influente dos vinhos orgânicos e biodinâmicos. Mesmo pertencendo a uma família de produtores de vinho, Nicolas seguiu a carreira na área de investimentos da J.P.Morgan mas decidiu sair da empresa em 1977 para gerenciar a vinícola familiar o Château de la Roche aux Moines in Savennières. Levou algum tempo para descobrir que o modelo de agricultura e vinificação adotado pela família não era o seu perfil, e após tomar conhecimento da biodinâmica por conta das ideias do antroposofista Rudolf Steiner (1861-1925) decidiu adotá-la tanto nos tratos culturais como na vinificação. No ano de 1987 toda sua produção de vinhos já tinha certificação de biodinâmica.
O estilo Nicolas Joly
Uma vez ele sintetizou sua filosofia dizendo “Não sou a favor desses vinhos frutados fáceis, feitos de uvas colhidas muito cedo para garantir que nenhum rendimento seja perdido.” e complementou “Em seguida, são vinificados a para se tornarem retos, frescos e limpos “ portanto contra o estilo atual dos vinhos no mundo, seus vinhos são poderosos com frutas maduras que lhe concedem mais complexidade e alta porcentagem de álcool. Muitos consideram s brancos de Nicolas entre os melhores brancos elaborados na França mas ele também tem diversos críticos que dizem que Nicolas Joly tem um dos maiores terroirs do mundo, e produz boas uvas, mas que seus vinhos não entregam o que poderiam e que ele não se comunica bem com muitos amantes do vinho, por conta de longos sermões e xingamentos, mas em minha opinião ele definitivamente passou para a história do vinho onde figura com méritos . OB: Desde 2006 vinhos de Nicolas Joly são elaborados por sua filha Virgine que adota um estilo mais leve.
Château de la Roche aux Moines
A vinícola está localizada no município de Savennières, na região do Vale do Loire. Os vinhedos cobrem um total de 15 hectares e como parte deles (7 hectares) na encosta Coulée-de-Serrant já plantados a muito tempo pelos monges da Ordem de Cister. Este vinhedo é classificado como sua própria denominação Coulée-de-Serrant
Os vinhos
Nicola Joly elabora 4 rótulos a saber: Clos de la Coulle de Serrant, Sevennieres Clos de la Bergerie, Sevennieres Roche Aux Moines Clos de la Bergerie, e Les Vieux Clos.
Notas de degustação: Dourado intenso com certa opacidade. Olfativamente muito complexo com diversas camadas pêssegos maduros, maça cozida, nozes mel, flores secas leve tostado e toque oxidativo. Na boca untuoso, gordo, ótima acidez, ponta de álcool, muita textura e estrutura e final de boca confirmando o olfativo. Um vinho potente, mas que mantêm sua vibração por conta de ótima acidez .Vinho trazido pelo confrade Crisa em nossa confraria “Baixa Intervenção”
Pontuação: 4