Wine Sreet degusta Barolo acima de 15 anos de guarda.

Os vinhos piemonteses tem uma longa história, os originários do Langhe encantaram  os romanos, impressionados com a qualidade do vinho da região de Alba (então Alba Pompeia) que Júlio César  ao regressar da Guerra da Gália, quis trazer uma boa quantidade dele para Roma. Já a menção da uva Nebbiolo, só ocorreu na Idade Média: em 1268, em alguns documentos históricos elaborados e preservados no castelo de Rivoli, onde o vinho foi mencionado como “Nibiol”. Mas o reconhecimento mundial só ocorreu em 1751, quando um grupo de diplomatas piemonteses enviou um lote de “Barol” para Londres e que até o futuro presidente dos Estados Unidos, Thomas Jefferson, viajando pela Europa naqueles anos, mencionou eles descrevendo-os como “quase tão encantadores como os de Bordeaux. O nascimento do Barolo moderno remonta a cerca de 1830 e o crédito deve ser atribuído ao Marchesi Falletti, ao enólogo francês Louis Oudart e ao conde Camillo Benso di Cavour. O Barolo é tradicionalmente um vinho mais austero de longa guarda marcado por aromas florais terrosos e frutas negras. Com base em sua necessidade de guarda para alcançar seu ápice decidimos só aceitar exemplares com mais de 15 anos. Vamos aos vinhos provados:

Bava 2006 – Castiglione Falletto – Piemonte – Itália – Varietal 100% Nebbiolo, com passagem variável por bottes de 5 mil litros e 14 % de álcool – Rubi, média concentração, leve halo. Fruta Negra madura, tabaco, lavanda, terroso, especiarias e trufas. Na boca alta acide, taninos presentes, corpo médio, retrogosto com frutas negras maduras, sottobosco e barrica vela. Um barolo para apreciadores do estilo tradicional. – Confrade João Luiz – Minha Nota 91– Nota média do Grupo 90,6 – Euros 50 na Europa.

Prunotto Bussia 2005 – Monforte D’Alba, Piemonte – Itália – Varietal 100% Nebbiolo, com passagem de 24 meses por barricas de carvalho e 14 % de álcool – Rubi, extra tinto, halo intenso. Nariz marcado pelas violetas, fruta negra madura, grafite e alcaçuz. Na boca alta acidez, taninos presentes, potente, persistência longa retrogosto com cereja e toque tostado lembrando baunilha.  Um vinho mais moderno, mas extremamente agradável. – Confrade Altman– Minha Nota 89,5 – Nota média do Grupo 90,4 – R$ 1.100,00 – Via Vini

Marchesi di Barolo Tradizione 2009 – Barolo – Piemonte – Itália – Varietal 100% Nebbiolo, com passagem de 2 meses por barricas de carvalho e 14% de álcool – Rubi, média concentração, sem halo. Olfativamente com fruta negra fresca, herbáceo, lembrando menta, canela, floral como rosas, e tabaco. Na boca alta acidez, taninos presentes, corpo médio, suculento, picante final de boca frutado com presença dos terciários. Um bom Barolo mas não se destacou frente aos outros. – Confrade Marcio – Minha Nota 89 – Nota média do Grupo 90 – R$ 750,00 – Barrinhas.

Battasiolo Vignetto Bofani 2004 – Monforte D’Alba -Piemonte – Itália– Varietal 100% Nebbiolo , com passagem de no mínimo 2 anos em foudres da eslavônia, mínimo de 1 ano em tanques de inox e mais tempo de guarda em garrafa, tendo 14% de álcool – Granada, média concentração, halo de evolução. Complexo com frutas negras maduras, ameixa, tabaco, pétala de rosas, frutas secas, especiarias e sottobosco. Na boca alta acidez, taninos finos, encorpado, longo, retrogosto com frutas maduras e alcaçuz. Um vinho generoso aberto na janela certa de consumo, foi destaque.   – Confrade Walter Tommasi – Minha Nota 92,5 – Nota média do Grupo 91,6 – R$ 926,00 – Interfood/Todovino

Fontanafredda 1974 – Serralunga D’Alba – Piemonte – Itália – Varietal 100% Nebbiolo, com passagem de dois anos em grandes barris de carvalho da Eslavônia e centro da França, seguido por pelo menos doze meses em garrafa, e 13,5 % de álcool – Granada, extra tinto, halo intenso. Nariz com frutas vermelhas com evolução, cogumelo, terroso, toque floral, e uva passa. Na boca acidez cortante, taninos resolvidos, corpo médio, retrogosto com furta evoluída e toque de acidez volátil. Um vinho que se conservou potável no alto de seus 50 anos – Confrade Calabro – Minha Nota 90 – Nota média do Grupo 89,1 – R$ 496,00 para safra 2018 – Baccos.

Paolo Conterno Riva del Bric 2009 – Monforte D’Ala – Piemonte – Itália – Varietal 100% Nebbiolo, com passagem por bottes de carvalho e 13,5 % de álcool – Rubi, extra tinto, sem halo.  Nariz fechado com frutas negras frescas, grafite, ervs aromáticas, alcaçuz e tostado. . Boca com alta acidez, taninos finos ainda presentes, picante, longo, retrogosto bem frutado. Um vinho jovem, elegante pedindo mais tempo em garrafa. – Confrade Kel – Minha Nota 90,5 – Nota média do Grupo 90,4 – R$ 430,00 – MS Import

Minha classificação para os vinhos: 1ª Battasiolo Vignetto Bofani 2004, 2º Bava 2006, 3º Paolo Conterno Riva del Bric 2009, 4º Fontanafredda 1974, 5º Prunotto Bussia 2005 6º Marchesi di Barolo Tradizione 2009

Classificação do Grupo: 1º Battasiolo Vignetto Bofani 2004, 2º Bava 2006, 3º Paolo Conterno Riva del Bric 2009, 4º Prunotto Bussia 2005, 5º Marchesi di Barolo Tradizione 2009, 6º Fontanafredda 1974,

Os favoritos de cada degustador:

Battasiolo Vignetto Bofani 2004, – Altman com 92,5 pts, Marcio com 91,5, Calabro com 91 pts, e Walter Tommasi 92,5 pts.

Bava 2006 – João Luiz com 92 pts

Paolo Conterno Riva del Bric 2009 – Kel com 91,5

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