Durante a ProWine tive o prazer de participar de uma apresentação dos vinhos da Roda e da La Horra, tanto para os 3 elaborados na Rioja como os 2 da Ribera del Duero, em evento organizada pela Tanyno. A bodegas Roda foi fundada 1987, por Carmen Daurella e Mario Rotllant com a ideia de revolucionar o mercado riojano de vinhos tão marcado pela tradição, e o resultado como podemos ver foi um sucesso. A Roda está localizada em Haro, sua vinificação é feita em cubas de carvalho francês com controle de temperatura. Além disso, o envelhecimento é 100% também feito em barricas de carvalho francês. A vinícola produz 5 rótulos, A saber: Sela, Roda, Roda1, Circion e Roda1 Blanco. Já La Horra foi fundada em 2009 em Ribera del Duero e suas uvas vem dos irmãos Pedro e Pablo Balbás que possuem 40 hectares de vinhedos e fornecem as mesmas desde a fundação. Os vinhos seguem três conceitos básicos :Evitar excesso de madeira. Evitar o amadurecimento excessivo das uvas e com isto manter o frescor, e realizar uma extração muito cuidadosa para garantir a finura dos taninos. La Horra tem 2 rótulos Corimbo e Corimbo 1. A apresentação coube a gerente comercial da vinícola, Ilze Zigele, vamos aos vinhos provados:
Roda Sela 2019 – Um corte da Rioja com 94% Tempranillo, 3% Graciano e 3% Garnacha com uvas de vinhedos de 15 a 30 anos com 14% de álcool e passagem de 12 meses em barricas francesas de segundo uso. Granada, média concentração leve halo. Nariz trazendo frutas vermelhas maduras, jabuticaba, especiarias doces e leve nota balsâmica. Na boca tripé acidez, taninos e álcool correto, corpo e persistência média , retrogosto frutado e muito macio. Vinho de entrada muito bem elaborado.
Roda Reserva 2018 – Um corte da Rioja com 89% Tempranillo, 4% Graciano e 7% Garnacha com uvas de vinhedos com mais de 30 anos, com 14% de álcool e passagem de 14 meses em barricas francesas sendo 40% novas, mais 20 meses de garrafa. Rubi indo para granada, média concentração, halo de evolução. Olfativamente com fruta vermelha madura, especiarias, floral, leve herbáceo, e delicada presença de madeira. Na boca acidez cortante, taninos polidos, boa persistência, amplo, final frutado com leve baunilha. Um vinho pronto, mais fresco, e elegante.
Roda I 2018 – Um corte da Rioja com 92% Tempranillo, 6% Graciano e 2% Garnacha com uvas de vinhedos mais antigos do que 30 anos. Com 14% de álcool e passagem de 16 meses em barricas francesas sendo 50% novas, mais 20 meses de garrafa. Granada, média concentração, halo de evolução. Olfativo fica diferenciado dos dois vinhos anteriores pois este traz frutas negras maduras, ameixa, especiarias doces como canela, sottobosco, e agradável tostado. Na boca, alta acidez, taninos finos presentes, encorpado, final de boca com cereja, e toque terroso. Um vinho mais estruturado e senhoril
Corimbo 2020, Um varietal 100% Tempranillo de Ribera del Duero com uvas de vinhedos de 25 a 30 anos com 14,5% de álcool e passagem de 14 meses em barricas, sendo 80% francesas e 20% americanas. Rubi, extra tinto, sem halo. Nariz marcado pela mescla de frutas vermelhas e negras, amora, ameixa, toque herbáceo que me remete a hortelã, couro e mineralidade. Na boca alta acidez, taninos presentes, encorpado, longo, retrogosto frutado com presença de terciários. Um vinho potente, mas bem equilibrado e elegante.
Corimbo I 2017, Um varietal 100% Tempranillo de Ribera del Duero com uvas de vinhedos de 25 a 30 anos com 14,5% de álcool e passagem de 14 meses em barricas, sendo 80% francesas e 20% americanas. Granada, extra tinto com halo intenso. No nariz complexo, com fruta negra madura e ligeira evolução, ameixa e cereja, sottobosco, especiarias, cacau, e leve toque lácteo. Na boca tripé acidez, taninos e álcool em perfeita harmonia, estruturado, persistência longa, mais concentrado, retrogosto frutado, terroso. Vinho volumoso, cremoso na janela correta para consumo.
Belíssimo painel agradeço a Tanyno e a Fernanda pelo gentil convite
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