Muita gente acredita que a origem do espumante seja da região de champagne, mas a verdade é que foi o Blanquette de Limoux em 1531 na região do Langedoc. O Blanquette foi feito pela primeira vez usando o método ancestral, onde a fermentação é interrompida precocemente, e o vinho passa por uma fermentação secundária na garrafa. Já na região de champagne a produção começou no século XVII, quando o monge Dom Pérignon plantou as primeiras videiras. Foi ele também que teria levado o método de vinificação do Blanquette para champagne. Mais tarde, em 1772, a Madame Clicquot foi responsável pela criação do método Champenoise que removia as leveduras que são criadas depois da fermentação secundária que ocorre em garrafa. Como curiosidade o mais antigo produtor de Champagne foi a Ruinart, fundada em 1729. Outro método muito utilizado para produzir espumantes é o Charmat criado em 1895 na Itália por Federico Martinotti, que faz com que os vinhos passem por fermentação secundária em tanques pressurizados, em sequência filtrados e engarrafados sob pressão. Mais tarde em 1907 este método foi aperfeiçoado e patenteado pelo francês Eugène Charmat. Já no Brasil a história começa em 1913 quando Armando Peterlongo produziu os primeiros espumantes brasileiros pelo método Champenoise.
E foi com o tema Espumantes brasileiros que a Confraria AA se reuniu para mais uma noitada agradável. Vamos aos espumantes provados:
1 – Miolo Millesime 2009 – Vale dos Vinhedos R.G.Sul – Método Champenoise com Chardonnay e Pinot Noir, 12% de álcool, e passagem de 18 meses com as leveduras. Dourado brilhante perlage intensa, bolhas pequenas. Aromaticamente trazendo levedura, avelã, e abacaxi maduro. Na boca alta acidez, macio, cremoso, longo, retrogosto frutado com leve tosta. Espumante maduro, delicioso. 150,00 na Miolo. Trazido pelo Ricardo
2 – Salton Èvidence Cuvée Sur Lie – Campanha R.G. Sul – Método Champenoise com Chardonnay e Pinot Noir sem adição de licor de expedição com 12,5 % de álcool, e passagem de 12 meses com as leveduras. Palha com turbidez, perlage abundante com bolhas médias. Aromaticamente trazendo caju, frutas de polpa branca, flores brancas, fosforo, e toque cítrico. Na boca alta acidez, mousse média, corpo médio, final de boca seco trazendo o caju ácido de volta, Um espumante bem refrescante. 125,00 na Salton. Trazido pelo Walter Tommasi
3 – Valduga 130 Blanc de Blanc – Método Champenoise do Vale dos Vinhedos R.G.Sul – Varietal 100% Chardonnay com 12,5% de álcool, e passagem de 36 meses com as leveduras. Palha claro perlage intensa em turbilhão. No nariz notas cítricas, levedura, frutas cristalizadas, toque floral e mineralidade. Na boca alta acidez, cremoso, persistente, retrogosto com frutas brancas e cítrico. Espumante com muita cremosidade e frescor. R$ 199,00 na Valduga. Trazido pelo Walter Tommasi
4 – Guatambu Reserva – Método Champenoise da Campanha gaúcha R.G.Sul com Chardonnay e Pinot Noir, 12,5% de álcool, e passagem de 24 meses com as leveduras. Amarelo palha com reflexos esverdeadas, boa perlage, bolhas pequenas. Nariz com, nozes, frutas brancas e panificação, e leve herbáceo. Na boca, acidez cortante, picante, boa persistência, bom corpo retrogosto com as frutas brancas e leve tosta. Um espumante untuoso. R$ 125,00 na média de diversas enotecas. Trazido pelo Regis
5 – Cave Geisse Terroir Natural Método Champenoise com Chardonnay e Pinot Noir de Pinto Bandeira R.G.Sul com 12 % de álcool, e passagem de 48 meses com as leveduras. Olfativamente bem floral, pêssego, leveduras, mel, e mineral. Na boca alta acidez, encorpado, seco, mousse média, persistência longa, retrogosto frutado. Um espumante mais austero e senhoril. R$350,00 Cave Geisse. Trazido pelo Sidney
Classificação do grupo: 1º Lugar – Miolo Millesime. 2º – Salton Èvidence Cuvée Sur Lie, 3º Valduga 130 Blanc de Blanc, 4º Guatambu Reserva. 5ª Cave Geisse Terroir Natural.
Minha classificação: 1º Lugar – Miolo Millesime. 2º – Valduga 130 Blanc de Blanc, 3º – Cave Geisse Terroir Natural. 4º – Guatambu Reserva. 5º Salton Èvidence Cuvée Sur Lie.
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