O Tejo continua organizando boas apresentações para seus associados, e desta vez a apresentação dos vinhos coube a meu amigo Marcelo Copello que é o novo embaixador dos vinhos do Tejo no Brasil. As apresentações ocorreram em Belo Horizonte, Brasília, Campinas, Goiânia, Rio de Janeiro, e São Paulo. Em cada localidade Marcelo organizou e apresentou uma Master Classe que tive o prazer de participar da realizada em São Paulo.
A Região do Tejo, anteriormente conhecida como Ribatejo, nada tem a ver com a irmã mais conhecida o Alentejo. A Região do Tejo possui 17 mil hectares de vinhedos, com uma produção de aproximadamente 600 mil hectolitros por ano, sendo 90% de Indicação Geográfica Protegida e 10% de Denominação de Origem Protegida. A região possui clima mediterrâneo menos quente do que o Alentejo, sendo banhado pelo Rio Tejo, e dividido em três zonas distintas de produção a saber: Bairro, Campo e Charneca. A região de Bairro tem solo argilo-calcário que favorece a cultura das castas brancas, Campo tem solos mais férteis sendo uma zona de excelência também para os vinhos brancos, finalmente Charneca tem solos mais arenosos e pobres, mais adequados para produção de vinhos tintos. Atualmente a região conta com 80 vinícolas produtivas.
Vamos agora conhecer os vinhos apresentados
Quinta do Casal Monteiro Rosé 2021 – Varietal 100% Pinot Noir com 12,5 de álcool sem passagem por madeira. Casca de cebola, brilhante. Nariz com morango, ervas aromáticas pêssego, pimenta branca e leve acidez volátil. Na boca alta acidez, corpo médio retrogosto com morango e toque salgado. Vinho de entrada fácil de gostar.
Quinta de Casal Monteiro tinto Unoked 2021 – Varietal 100% Touriga Nacional com 13,5% de álcool, sem passagem por madeira. Violáceo, extra tinto, sem halo. Nariz com cerejas frescas, violetas, ervas aromáticas. Na boca acidez correta, taninos leves corpo médio, leve ponta de álcool, retrogosto bem frutado. Outro vinho básico de entrada de linha
Varanda Grande Escolha 2021 Corte com Touriga Nacional e Syrah com 13,5 de álcool e passagem de 9 meses por barricas. Violáceo com alta concentração, sem halo. Nariz trazendo cerejas café especiarias, leve lácteo. Na boca acidez média, taninos presentes, encorpado, persistência longa, final com frutas negras levemente adocicadas. Vinho um pouco mais complexo e estruturado.
Casa Cadaval 2019 – Varietal 100% Trincadeira Preta com 13% de álcool e passagem de 12 meses por barricas. Rubi indo para granada, leve halo. Nariz com fruta negra madura, toque terroso, flores escuras, e toque tosado. Na boca tripé acidez, taninos e álcool bem integrados, macio, boa persistência final leve e frutado. Um vinho elegante muito agradável
Quinta da Badula Reserva 2019 – Corte com Syrah, Touriga Nacional e Alicante Bouschet com 13,5% de álcool e passagem de 12 meses em barricas novas francesas. Violáceo extra tinto sem halo. Olfativamente com boa complexidade, ameixa, balsâmico, couro, fosforo. Na boca alta acidez, taninos finos presentes, bom corpo, retrogosto com frutas negras e terciários. Um vinho mais austero, agradou
Falcoaria Gran Reserva 2020 – Corte com vinhas velhas com mais de 100 anos e Syrah com 18 anos, 15% de álcool e passagem de 18 meses em barricas francesas. Violáceo extra tinto, sem halo. Nariz fechado, abrindo com frutas negras frescas, especiarias, pimenta preta, toque herbáceo, grafite e tabaco. Na boca tripe acidez, taninos e álcool em perfeita harmonia, estruturado, persistência longa, retrogosto confirmando as frutas negras e os terciários. Grande vinho, pedindo mais tempo em garrafa
Uma apresentação trazendo desde vinhos básicos de entrada a grandes vinhos confirmando ser uma região que ainda traz vinhos de bom custo-benefício.
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