Vinhos de Portugal traz degustação de vinhos maduros

“Vinhos de Portugal”continua nos acostumando mal, pois nos
últimos  anos  tem organizado deliciosos
eventos promocionais que nos possibilitam conhecer o que de melhor se produz na
“Terrinha”. No evento do ano passado nosso Master of Wine Dirceu Viana  apresentou o que ele considerou serem os 50
melhores vinhos de Portugal para o mercado brasileiro, uma verdadeira
enchurrada de grandes vinhos portugueses que alegrou os participantes. Veja a
nota  que coloquei neste meu blog na
ocasião http://wtommasi.blogspot.com.br/2013/09/duvidas-sobre-os-50-grandes-vinhos-de
.html
. Neste ano não pensaram duas vezes surpreendendo a todos  com um “degustação inteligente” que nos
possibilitou provar vinhos portugueses maduros ( prontos para beber) e para
fazer a escolhas contrataram nada mais, nada menos que um de nossos maiores
conhecedores de vinho, Jorge Lucki jornalista do Valor Econômico, Parzeres da
Mesa e da CBN. Foram apenas 30 convidados de destaque do mundo do vinho dos
quais tive a honra de fazer parte. Voltando agora para a minha afirmação “Degustação
Inteligente”. Portugal ganhou novo impulso mundial em seus vinhos com o “boom”  dos poderosos vinhos do novo mundo onde Douro e do Alentejo  foram seus dignos representantes, sempre com vinhos
mais prontos, estruturados, frutados e amadeirados,e muita gente passou a consumir tais vinhos de maneira mais
pronta, pois mesmo sendo mais potententes já eram muito
prazeirosos. Para os apreciadores do estilo “Velho Mundo”, especialmente os
mais puristas   Portugal passou a ser mais um produtor dentro
deste novo estilo globalizado  e que acabou rotulando quase todos os vinhos
portugueses. Como já disse diversas vezes, existem bons e maus vinhos tanto
nos de estilo mais moderno como nos de estilo mais antigo portanto generalizar não
me parece a forma correta de avaliar vinhos. Particularmente gosto de vinhos
mais gastronomicos e delicados mas aprecio e gosto de tomar também vinhos mais
estruturados pois todos, desde que bem elaborados, tem seu momento. Saber se o
vinho é bom ou não é realmente muito fácil pois sempre será aquele que mais te
agradar e nisto entra a subjetividade de quem está degustando, mas existe outra
forma mais segura, e esta foi a escolhida pela Vinhos de Portugal para esta apresentação,  provar os vinhos depois de anos de guarda em
garrafa,  visto os  vinhos básicos feitos para consumo imediato,ou
outros mal elaborados não aguentarem o rigor da passagem dos anos. 
Por isto
considerei o tema “Safras antigas Portuguesas “ como uma “degustação
inteligente” e dou os parabéns ao Jorge por colocar mais vinhos de regiões
consideradas mais modernistas , provando que lá também se pode fazer vinhos de
guarda de alta qualidade
Vamos aos oito  vinhos selecionados  no master class
Quinta de Sanjoanne
Escolha 2000
 Região Vinhos Verdes, elaborado
por Casa  de Cello , sem importador no
Brasil – Corte de Avesso, Alvarinho e Chardonnay com 6 meses em barrica 5 mil
garrafas ano com 13% de alcool. – Dourado intenso, brilhante. Delicioso nariz
com toques  Florais,e oxidativos,  frutas brancas  maduras, cogumelos e ligeiro tostado. Na
boca. Ótima acidez, suculento, corpo médio, e  retrogosto com frutas secas,e  tamaras. Vinho branco sensacional , acidez
marcada e complexidade olfativa depois de 13 anos de garrafa, tenho certeza que
depois de alguns importadores tomarem seus vinhos encontrará alguem interessado
em trazer a marca ao Brasil.   Nota 90/100


Quinta Dos Termos
Reserva 2002
– Região de Beira Interior , 
elaborado pela  Quinta dos Termos,
Importador  Galeria dos Vinhos fone  (011) 3345 1950 – Corte de Rufete, Marufo, Trincadeira
Preta, e Jaen, com  12 meses passagem por
carvalho, e 12,5% de alcool. –  Granada, média
concentraçao, halo de evolução. Frutas vermelhas maduras, toque madeira velha,
azeitona, erva doçe. Alta acidez, taninos ainda ligeiramente adstringentes,  corpo médio, suculento, linear,  retrogosto marcado pelos terciarios e pela  fruta fresca vermelha .Vinho miuto atrativo
com bom potencial de guarda por mais uns 10 anos. Nota 90/100




Quinta do Crasto Vinhas
Velhas
2004 – Região do Douro, Elaborado pela Quinta do Crasto, Importador
Qualimpor –  Corte de Vinhas Velhas com
mais de 30 castas, passagem por barricas de carvalho por  18 meses , e 14,5% de alcool. – Rubi violáceo ,alta
concentração, sem halo. No nariz , com frutas negras maduras, toque adocicado,
herbáceo, e boa mineralidade. Na boca, ótima acidez, taninos intensos, corpo
amplo,  ligeiro álcool ainda presente,
retro frutado, cereja no licor ,e toque tostado . Um vinhio de estilo moderno muito
bem elaborado . Nota 90/100




Marques de Borba
reserva Tinto 2003 –
Região do Alentejo , elaborado pela João Portugal
Ramos Wines , importado pela  Casa Flora –
Corte de Trincadeira, Aragones, Alicante Bouchet, e Cabernet Sauvignon ,com 18
meses em barrica francesa , e 14% de álcool casa flora. –  Rubi indo para granada, média concentração  halo de evolução. Olfativamente , maduro, frutas
negras cozidas, pimenta, canela, ervas aromaticas, azeitonas, e tostado.  Na boca, ótima acidez, taninos ainda presentes,
suculento, corpo médio, retrogosto com frutas compotada, e ligeiro amargor que
não prejudica o conjunto. Um vinho auster direto, madiro deliciosamente
gastronômico. Nota  90/100



Cortes de Cima
Reserva 1998 –
Região do Alentejo
, elaborado por Cortes de Cima de Hans Kristian Jorgensen , importadado pela
Adega Alentejana – Corte com 85% Aragones, e 15% de Cabernet Sauvignon com 12
meses de barricas 80% francesas e 20% americanas, e 14%  de álcool. – Rubi, média concentração, leve
halo. Olfativamente complexo e agradável, azeitona, fosforo, frutas negras com
toque de evolução,  pimenta do reino,e  ervas aromaticas.  Na boca tripé perfeito, boa acidez,  taninos intensos e muito finos, corpo medio
para amplo,  retrogosto fresco ,frutasa
com evolução, e couro. Esse vinho me surpreendeu demais é a primeira vez que o
provo com idade e a sensação não podia ser melhor .  Nota 93/100




Pêra Manca 1998  – Região do Alentejo, elaborado pela
Fundação Eugênio de Almeida, importado pela Adega Alentejana. – Corte  com 70% de Trincadeira e 30% de Aragones , com
estágio em pipas de madeira de 3000 litros com 13% de álcool. – Granada ralo, halo
intenso. Olfativamente austero, chá preto,o frutas vermelhas maduras com ligeiro
toque de oxidação, terroso, herbáceo. Na boca, ótima acidez, volumoso, taninos finos
ainda presentes, corpo médio, retrogosto frutado com evolução e presença de  empireumaticos. Como sempre uma garantia de
grandes vinhos, especialmente como este tomado no momento certo. Nota  93/100



Moscatel de  Setubal Centenario . – Região de Setubal,
elaborado por Venâncio Costa Lima , importado por M&C , fone (011)
992131504. – Varietal  100% Moscatel de
Alexandria  com passagem em barricas francesas
por 25 anos.-  Ambar, média para baixa
concentração , brilhante.  Olfativamente
marcante, figos secos, damasco, e melaço. Na boca acidez sensacional,  corpo médio para amplo, retrogosto com figos
secos,  tâmaras,e  tostado . Adoro Moscatel de Setubal e este
estava perfeito com acidez marcada, e dulçor no ponto certo, ainda não está no
Brasil. Nota 92/100




Porto Burmester
Colheita 1955
– Região do Douro , elaborado pela Sigevinus, e importado
pela Adega Alentejana, com diversas castas , em guarda desde 1955 e engarrafado
em 2011 – Granada esverdeado, ralo halo de evoluçao.  No nariz muito complexo, uvas passas, canfora,
tâmara, e outras frutas secas como nozes e avelãs . Na boca, fresco, corpo médio,
e ponta de álcool , retrogosto frutado , muito fresco. Delicioso exemplar de
Porto, foi um dos favoritos de grande maioria dos presentes . Nota 91/100
Após o master class participei da feira de vinhos onde pude
conhecer alguns outros vinhos sensacionais mais este sera tema para outro post

Vonhos de Portugal:
Site  www.winesofportugal.info

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