The Douro Boys back in Town

Todos sabem que um dos segredos do sucesso dos Douro Boys
vem do fato de todas suas ações de marketing serem feitas em conjunto, e
certamente o mercado brasileiro sempre é uma prioridade pela grande penetração
que seus vinhos tem por aqui. Nesta semana passada os 5 meninos do Douro
passaram por aqui em disputadíssimo evento realizado no consulado de Portugal
que sempre apóia os conterrâneos na divulgação de seus produtos. O local
estava tão lotado que tive sérias dificuldades para provar todos os vinhos,
inclusive não consegui provar os Van Zeller, e até gostaria de
sugeriria que para futuros eventos aqui em São Paulo fossem feitos dois encontros
para que os contatos com estes espetaculares produtores possam ser mais profícuos.
Mesmo com política de divulgação conjuntas uma das
principais características do grupo é que cada um dos produtores sempre manteve
sua filosofia própria de trabalho e de estilo o que acho admirável, e esse
evento mostrou que eles estão cada vez mais distantes em seus estilos.
Vamos aos meus destaques de cada um dos produtores:
Quinta do Crasto
Quinta do Crasto Reserva Vinhas Velhas 2009 – Corte de vinhas velhas com
plantas de mais de 70 anos, 14,5 de álcool e estágio de 16 meses em barricas
85% francesas e 15% americanas – Violáceo, média concentração, sem halo.
Olfativamente com intenso aroma de frutos negros, floral lembrando violetas, especiarias
e toque mentolado e baunilha. Na boca, macio, boa acidez, taninos finos, bom
corpo, pontinha de álcool e retrogosto frutado. Continua sendo o mais modernista
dos cinco produtores mas sempre com o tripé correto, me pareceu ligeiramente
mais alcoólico do que a última vez que tomei. Nota 90/100
Van Zeller – Sem
prova
Quinta Vale do Meão
– Quinta Vale do Meão 2008 – Corte de Touriga Nacional 55%, Tinta Roriz 10%, Touriga Franca 30%, e Tinta Barroca 5%,
14,5% de álcool, e estágio em barricas francesas, sendo 80% novas. Rubi, alta
concentração, sem halo. No nariz frutas negras maduras, mineral, e toque de ervas
escuras. Boa acidez, taninos finos ainda não prontos ponta de álcool,
encorpado, final de boca frutado. A impressão que me deu é que está mais
estruturado e frutado que os das safras passadas. Nota 90/100
Niepoort
– Charme 2007 – Corte de vinhas velhas com plantas de 70 a 100 anos de vida,e
estágio em barricas francesas por 16 meses, sem filtragem. Granada, ralo, halo
de evolução. Olfativamente, complexo, frutas evoluídas, ameixa preta, terroso,
especiarias, chá, tabaco e funghi. Na boca, ótima acidez, taninos finos, corpo
leve, elegante, e retrogosto terroso com cravo. Um vinho extremamente elegante,
uma verdadeira tentação para os apreciadores da escola dos vinhos do velho
mundo. Nota 93/100
– Colheita 1998 – Corte de Touriga
Nacional, Touriga Franca, Tinto Cão, Tinta Francisca, Tinta Amarela, Sousão,
Tinta Roriz e outras de vinhas com mais de 60 anos, com passagem por pequenos
cascos de carvalho (550, 600 l), engarrafado em 2007, 20% de álcool. – Granada
ralo. Olfativamente marcado por frutas secas como figos e uvas passas, tabaco e
terroso. Na boca, alta acidez, ,sem a presença de sobra de álcool, elegante,
corpo médio e final de boca esplendoroso com frutas secas e tabaco. Esse é um
porto que não pode faltar em nenhuma adega, lindo. Nota 93/100
Quinta do Vallado
– Quinta do Vallado Reserva Field Blend 2009 – corte de Vinhas Velhas com mais
de 70 anos (65%) – Tinta Roriz, Tinta Amarela, Touriga Franca e outras Vinhas
Novas com 10/15 anos – Touriga Nacional (35%) com passagem em meias pipas por
cerca de 17 meses. Violáceo, alta concentração, sem halo. Olfativamente, balsâmico,
cerejas negras, ervas, couro e presença de madeira. Bom balanço de boca,
carnudo, encorpado, ponta de álcool, retrogosto frutado. Certamente um vinho
impactado pela safra quente, um pouco mais pesado que as safras anteriores mas
com bom balaço de boca. Nota 91/100
Douro BoysWWW.douroboys.com

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