Heartland, um novo conceito para vinhos Australianos

O CEO da vinícola australiana Heartland, Martin Strachan esteve ontem na Grand Cru da Rua Bella Cintra para apresentar os principais rótulos da casa. Esta é a primeira vez que alguém deste novo produtor, fundado à 10 anos por um pequeno grupo pessoas ligadas aos vinhos da Austrália visita o Brasil, já trazendo a promessa de no próximo ano  recebermos a visita de seu principal acionista e enólogo da casa Bem Glaetzer, filho de Collin Glaetzer  badalado proprietário da premiadíssima vinícola de mesmo nome localizada em Barossa Valley.
Apostando na localização dos vinhedos de origem calcária, em Wirrega, Limestone Coast próximos ao mar, a vinícola busca elaborar vinhos mais elegantes e frescos, e isto foi comprovado durante nossa degustação. Alem do Brasil onde tem a Grand Cru como importador exclusivo à 6 anos, a empresa exporta paro outros 30 países, e vê o nosso mercado com grande otimismo.

Vamos aos vinhos provados: 
 Heartland Stickleback White 2008 – R$ 46,00 – Um corte com 35% de Verdelho, 24% de Semillon, 23% de Viognier, e 18% de Pinot Gris elaborado com uvas de Limestone Coast e Langhorne Creek, com 12,5% de álcool e sem uso de barricas. Palha verdeal brilhante. Olfativamente marcado por aromas minerais, borracha, limão, pimenta branca e ligeiro herbáceo. Na boca, boa acidez, seco, corpo médio, boa persistência e agradável final de boca. Vinho de entrada da casa muito bem elaborado e marcante. Nota 84/100

Heartland Stickleback Red 2008 – R$ 46,00 – Um corte com 61% de Shiraz, 20% de Cabernet Sauvignon, 14% de Dolcetto, e 5% de Lagrain, elaborado com uvas  de Langhorne Creek, com 12 meses de barricas americanas e francesas de 2 e 3 ano de uso, e 14,5% de álcool. Rubi indo para granada, leve halo. Olfativamente frutado, cereja no licor, chocolate, especiarias, e agradável tostado. Na boca, boa acidez, taninos presentes, leve, corpo médio, e final de boca fresco. Por ser também vinho de entrada de linha da casa, é muito gostoso e mais elegante do que a maioria dos vinhos australianos com o mesmo nível de preços. Nota 84/100

Heartland Cabernet Sauvignon 2008 – R$ 73,00 – Um Varietal elaborado com uvas de Langhorne Creek, 12 meses em barricas de 2 a 4 anos de uso, sendo 80% francesas e 20% americanas, 14,5% de álcool. Rubi, alta concentração, leve halo. Olfativamente, muito agradável, floral lembrando lavanda, cassis, pimenta preta, menta. E tostado bem integrado. Na boca, tripé correto, ótima acidez, boa estrutura, mas mantendo a elegância, final de boca fresco. Um Cabernet encantador foi certamente o melhor custo benefício do painel apresentado. Nota 87/100

Heartland Shiraz 2008 – R$ 73,00 Um Varietal elaborado com 66% de uvas de Langhorne Creek e o restante de Limestone Coast, 12 meses em barricas de 2 a 5 anos de uso, sendo 80% francesas e 20% americanas, 14,5% de álcool. Rubi, alta concentração, leve halo. Olfativamente marcado por menta, cereja, terroso, tabaco e uma pitada de violeta .Na boca potente, quente, boa acidez, taninos presentes, final de boca frutado, com ligeiro álcool no retrogosto. Bom vinho, mas precisa perder um pouco do álcool, a safra quente de 2007 é fácil de ser percebida. Nota 84/100

Heartland Director’s Cut Shiraz 2007 – R$ 147,00 – Um Varietal elaborado com 57% de uvas de Langhorne Creek e 43% de Limestone Coast, 1 meses em barricas novas, 15% de álcool. Rubi, extra tinto, halo de evolução. Olfativamente complexo, cereja, mineral, anis, menta, tabaco, couro e toque terroso. Na boca tripé perfeito, aveludado, elegante, persistência longa e retrogosto frutado com cereja acompanhada de chocolate. Excelente vinho, a safra quente, e seus 15% não se fazem notar, macio elegante e suculento. Nota 88/100

Importadora Grand Cru – Rua Bella Cintra 1799 Jardins, Fone (011) 3062 6388 site WWW.grandcru.com.br

Assessoria: Camila Perossi  Fone (011) 9230 4844

2 Replies to “Heartland, um novo conceito para vinhos Australianos”

  1. Obrigado Alex
    Você está correto o Shiraz Director Cut é mais vinho do que o Cabernet, mas mesmo não sendo tão caro, ainda custa o dobro do Cabernet, e na minha análise teve só um ponto acima, por isto dei destaque de bom custo beneficio ao Cabernet.Ja entrei no seu blog parabens muito limpo bem elaborado, mas para chegar nele passei por outro consullado do vinho e nao entendia nada pois so tinha bailão ha ha ha
    Obrigado pelo seu comentario e vamos manter contato

  2. Boa matéria. Particularmente eu preferi o Shiraz ao Cabernet, mas reconheço que se trata de um excelente Cabernet.
    Estive na degustação de Porto Alegre onde também ocorreu um jantar de encerramento da visita do CEO. Se tiver um tempo, veja a matéria no meu blog também.
    Abraços, Alex Magalhães.

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