O G7 é uma associação composta por cinco produtores considerados como sendo as principais empresas portuguesas produtoras de vinho. São elas Aliança, Aveleda, Bacalhoa, José Maria da Fonseca e Messias. A cada ano elas organizam um evento conjunto com o objetivo de mostrar suas novidades assim como as novas safras de seus produtos mais tradicionais. Neste ano o evento ocorreu no Rubayat Figueira e a organização ficou a cargo da amiga Cristina Neves. Como de costume estiveram presentes os próprios produtores e representantes de suas importadoras no Brasil que paciente e gentilmente serviram os vinhos a todos os presentes. Quero também destacar a qualidade do cocktail servido, certamente um dos melhores entre os eventos que participei neste ano.
Dentre os 38 vinhos servidos comentarei os meus favoritos, vamos a eles.
TINTOS BÁSICOS
Aliança Dão Reserva 2007 – Aqui está um bom exemplo de que vinho de qualidade não precisa ter preço alto. Frutado, terroso e especiarias marcaram seu olfativo. Na boca redondo, corpo médio final de boca agradavelmente frutado. NOTA 83/100 – Preço R$ 25,00
JP Azeitão tinto (Bacalhoa) Setubal 2008 – Um vinho simples, mas que não dá vontade de parar de beber. Produzido com as castas, Castelão Aragonez e Syrah, mostrou juventude no visual e no olfativo com muita fruta vermelha, cereja e ligeiro herbáceo. Sua boca muito macia e elegante. NOTA 84/100 – Preço R$ 25,00
BRANCO DE BOM CUSTO BENEFÍCIO
Aveleda Follies Alvarinho 2008 – Um varietal do Minho elaborado com a que eu considero a melhor baga branca de Portugal, a Alvarinho. Palha com toque verdeal, brilhante. Olfativamente, muito agradável, aromas de flores brancas, frutas, ligeiro cítrico, e toque mineral. Na boca, muito fresco, bem balanceado, corpo médio, boa persistência e final fresco com predominância mineral NOTA 84/100 – R$ 82,00.
TINTO DE BOM CUSTO BENEFÍCIO
Quinta do Valdoeiro Tinto Messias 2007 – Um Bairrada elaborado com Syrah, Cabernet Sauvignone Baga e 12 meses de maturação em barricas. Vinho muito interessante e mesmo custando apenas R$ 10 a menos que o Reserva, foi o que ficou com minha preferência. Ainda violáceo apresentou um nariz floral com frutas evoluídas na linha dos balsâmicos, complementado por café. Na boca, redondo, sem arestas, corpo médio persistência longa e retrogosto confirmando o olfativo. NOTA 85/100 – Preço R$ 39,00.
O BRANCO TOP
Quinta da Bacalhoa Branco 2009 – Um corte de Semillon, Sauvignon Blanc e Alavarinho. Palha brilhante. Olfativamente frutado, pêssego, cítrico e com intensa mineralidade. Na boca ótima acidez, ao mesmo tempo que apresenta um amanteigado que o deixa macio, corpo médio , persistência longa e final de boca fresco,e retrogosto marcado por pêssegos. NOTA 85/100 – Preço 102,00
O TINTO TOP
Tinto da Ânfora Grande Escolha ( Bacalhoa) 2001 – Corte de Aragonês, Touriga Nacional e Syrah. Rubi, alta concentração sem halo. Olfativamente, complexo, cerejas, especiarias, floral lembrando violetas, e chocolate. Na boca com o tripé acidez, álcool e taninos em perfeita harmonia, estruturado com persistência longa e retrogoto frutado e tostado. Um vinho para agradar os paladares mais exigentes. NOTA 90/100 – Preço R$ 250,00.
DOCE TOP
Alambre Moscatel de Setubal 20 anos José Maria da Fonseca – Portugal sempre se destacou entre os produtores de vinhos fortificados e o Moscatel de Setubal, um de seus principais representantes, este 20 anos é realmente um grande exemplo do que deve ser um vinho doce. Âmbar brilhante. Olfativamente sedutor (como diz meu amigo Erick) e muito complexo, ameixa preta, cacau, flor de laranjeira, pêssegos, e toque de ervas escuras, alem de delicioso tostado. Na boca impecável, redondo, macio, álcool na medida certa e retrogosto com muita ameixa. Nham Nham. NOTA 91/100
Walter Tommasi