Conforme prometido vou dedicar o post de hoje para comentar os cinco vinhos tintos que mais me agradaram nesta fantástica degustação organizada pela Vini Portugal e que contou com o amigo Marcelo Copello, junto com o inglês Charles Metcalfe como jurados, que tiveram o “árduo” trabalho de escolher os 50 melhores de Portugal entre um painel com mais de 1.500 vinhos. Certamente uma tarefa muito mais difícil do que escolher 5 entre 50, de qualquer forma nesta experiência de escolher meus favoritos ficou fácil de entender o que os dois jurados passaram para fazer tão difícil seleção pois a qualidade dos vinhos era absolutamente sensacional. Dito isto, minha escolha certamente deverá considerar unicamente meu gosto pessoal pois todos os vinhos estavam perfeitos .Meus parabéns aos premiados.
Pintas 2008 – Wine and Soul – Vinho do Douro elaborado pelo casal Jorge Seródio ( ex Niepoort) e Sandra Tavares ( Van Zeller) e que se inspiraram em seu cão para nomear este vinho elaborado com Castas Velhas ( mais de 30 varieades). Rubi, alta concentração, sem halo. Olfativamente exuberante, frutas pretas bem maduras, floral, carne, couro, mineral, e tostado agradável. Na boca tripé correto, taninos muito finos ainda ligeiramente verdes, encorpado, mas mantendo uma maciez que lhe dá um toque de elegância, persistência longa , retrogosto frutado. NOTA 94/100 Importadora Vinci
Quinta Vale do Meão 2007 – Outro vinho do Douro que está sempre na minha lista de favoritos, e certamente um dos mais premiados vinhos de Portugal que ficou conhecido pelo fato de seu vinhedo ser o mesmo que no passado fornecia uvas para o ícone barca Velha. Corte de Touriga Nacional 45%, Tinta Roriz 12% , Touriga Franca 38%, e 5% Tinta Barroca, matura por 18 meses em barricas francesas sendo 80% destas novas. Rubi, alta concentração sem halo. Olfativamente complexo, ameixa, cereja, violetas, chocolate, tostado. Na boca tripé perfeito, elegante, taninos finos, bom corpo e persistência longo e retrogosto balsâmico. NOTA 94/100 – Importadora Mistral
Vinha Maria Teresa 2007 – Quinta do Crasto – Mais um vinho da região do Douro elaborado com vinhas velhas de vinhedo com mais de 90 anos. Envelhecido em barricas novas 80% francesas e 20% americanas. Rubi, alta concentração, sem halo. Olfativamente complexo, frutado, balsâmico, floral, especiarias, pimenta, baunilha e mineral. Na boca, ótima acidez, taninos finos, grande volume de boca, persistência longa e final de boca frutado e macio. NOTA 94/100 – Importadora Qualimpor
Sidónio de Souza 2005 – Garrafeira – Devo admitir que nunca havia provado este vinho da Bairrada e que fiquei literalmente encantado por ter provado o mesmo , mas ao mesmo tempo triste por saber que as parreiras da casta Baga foram arrancada após a colheita desta safra e substituídas por Merlot. Que pena. Rubi indo para granada, média concentração. Olfativamente complexo, framboesa, cereja, mineral, leve herbáceo, e tostado. Na boca, marcado por acidez abundante, taninos muito finos, bom corpo e persistência longa e retrogosto frutado e fresco. NOTA 92/100 – Sem Importador no Brasil
Mouchão Tonel 3-4 2005 – Tomei o vinho às cegas e não o achei pronto para ser tomado, mas seu potencial foi tão marcante que minha nota foi tão significativa que o colocou entre os 5 primeiros, no final fiquei feliz em ver de que vinho se tratava. O Tonel 3 e 4 são os vinhos que são colocados nos toneis destes números quando uma safra merece ser produzida. Esses toneis são de carvalho português, macacauba e mogno onde se realizou a fermentação malolática. Maturação de 24 meses nos mesmos toneis e mais 24 meses de garrafa antes de entrar no mercado. Elaborado com as castas Alicante Bouchet e Trincadeira tem como enólogo o badalado Paulo Laureano. Rubi, alta concentração sem halo. Olfativamente trazendo aromas de frutas negras, cereja e amora, pimenta preta, chocolate, balsâmico e mentolado. Na boca fica clara sua orígem, alta acidez taninos duros e finos, corpo e persistência longa e retrogosto frutado com muito frescor. NOTA 92/100 – Importador Adega Alentejana
No próximo post meus Brancos e doces favoritos.
Walter Tommasi
Falando em Barca Velha, eu tenho uma coleção a qual estou vendendo de várias safras, por exemplo o 1995 e 1999 estou vendendo a 1.000 reais, se alguem estiver interessado ou conhecer alguem que queira: cesarfontes[at]live.com
O Barca Velha é o vinho Icone do Douro e certamente de altissima qualidade. Elaborado pela Casa Ferreirinha que é certamente o maior nome do Douro, reinou sozinho por muito tempo até o surgimento dos Douro Boys que revolucionaram o mercado de vinhos local. Já tive a oportunidade de tomar o Barca Velha algumas vezes e seu estilo "velho mundo" me encanta, pena que o custo é alto. Uma curiosidade, os vinhedos que no passado forneciam as uvas para sua elaboração hoje são as mesmas hoje utilizadas pela Quinta Vale do Meão que pertence a Francisco Olazabal, descendente de Dona Ferreirinha,e antigo presidente da SOGRAPE ( que produz o Barca Velha após adquirir a Casa Ferreirinha)
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Alguem aki gosta de Barca Velha?? ja beberam?