Depois de algum tempo sem nos apresentar novidades a Vinea voltou à ativa para nos trazer sua linha de produtos da Vidal Fleury , tradicional casa francesa que já está no mercado desde 1781 e conhecida de muitos consumidores brasileiros por ter sido uma das marcas de ponta de outra importadora paulista. A marca hoje é de propriedade do ícone dos vinhos do Rhône a Guigal mas é gerenciada de forma independente tendo seu foco de atuação no norte e sul do Rhône mas tendo também 10 hectares na badalada Côte Rôtie. A apresentação dos vinhos foi feita pelo competente e amigo Aguinaldo Záckia Albert.
Côtes du Rhône Rouge Village 2007 – A “AOC” Village esta um degrau acima da tradicional Côte Du Rhône e este vinho mostra o porque. Produzido com 50% de Grenache, 30% Syrah, 10% Mouvedre, 10% Carignan e 14,5 graus de álcool este vinho encantou a todos. Violáceo de média concentração sem halo. Olfativamente marcado por aromas frutados, amora, florais, violetas, especiarias e tostado muito agradável. Na boca estruturado, boa acidez taninos forte, persistência longa e retrogosto terroso. Um exemplo do que deve ser um bom Village. Altamente gastronômico. O grande custo benefício da tarde. NOTA 85/100.
Vacqueyras 2007– Outra AOC do sul do Rhône que deixou todos os presentes com aquele sorriso na boca. Produzido com 50% de Grenache, 30% Syrah, 20% Mouvedre e com 13,5% de álcool foi certamente o vinho mais delicado e redondo do painel. Violáceo de média concentração e sem halo. Olfativamente frutado com destaque para framboesa e amora, especiarias, pimenta, hervas escuras e ligeiro toque floral. Na boca o tripé acidez, taninos e álcool absolutamente perfeito, corpo médio e persistência média para longa, retrogosto frutado. Um vinho muito elegante e pronto para beber. Este seria minha escolha para um jantar romântico. NOTA 89/100.
Côte Rôtie La Chatillonne 2004 – Vamos passar agora para um exemplar do Norte do Rhône, esta OAC é certamente uma das mais cultuadas pelos aprecidores dos grandes vinhos do Rhône, seu terroir é único e marcado por encostas ríspidas apoiadas em paredões de rocha. O único problema, se podemos dizer isso, é o custo do vinho, mas como eu sempre digo existem vinhos para todos os bolsos e gostos e não podemos o tempo todo apenas olhar o custo benefício. Este vinho é absolutamente maravilhoso e que tem condições de adquirir tem que fazer sem nenhum remorso e curtir cada gota. Rubi, média concentração, leve halo. Produzido com 95% de Syrah, 5% Viognier e 13% de álcool. Esta OAC é uma das únicas que permite a utilização de uvas brancas em seus tintos, outra seria a de Châteauneuf du Pape. Olfativamente, muito complexo, com predominância para especiarias, frutas negras maduras como a cereja, o tostado é agradavelmente austero sem os toques abaunilhados, traz ainda sottobosco, tabaco, e um toque de balsâmico. Na boca outro vinho com seu tripé perfeito, mas agora muito mais estruturado, persistência longa e um final de boca suculento que pede nova taça. Um vinho de personalidade para grandes momentos. NOTA: 91/100.
Oi Daniel
Pois é o vinho esta realmente perfeito. O que mais encanta e o balanço de boca pois o tripé acidez, taninos e alcool está perfeito, e como você mencionou o preço é muito adequado
Abração
Walter, estive na Vinea no final do dia e provei o Vacqueyas e gostei bastante. Realmente um vinho interessante. E gostei mais ainda quando soube o preço, Muito justo.
Um abraço
Daniel Perches
vinhosdecorte.com.br