A Itália tem sido um bom exemplo de como as mulheres podem se dar muito bem no mercado de vinho quase sempre considerado um reduto tipicamente masculino. Um perfeito exemplo disto pode ser a história de Elisabetta Gnudi Angelini, ainda mais pelo fato de a mesma não ter herdado este negócio da família, mas sim por ter feito seu caminho sozinha. O pai de Elisabetta vem do mercado farmaceutico e ela militou por tempo no mercado do entretendimento tendo sido produtora cinematográfica em parceria com Luca Barbareschi. Antes de entrar na área agrícola fez pesquisas visando escolher a região correta para produzir vinhos de alta qualidade, e naquele momento estavam em seu radar Piemonte, Sicília e Toscana, esta última que acabou sendo a escolha correta. Tudo inicia em 1997 quando adquire Borgo Scopetto na região do Chianti Classico, que hoje além de vinícola é um relais de charme, um ano depois, em 1998, Elisabetta também adquire a Caparzo, um produtor histórico de Montalcino fundado em 1970. O sucesso anima Elisabetta a nova aventura, com a compra em 2002 da Altesino pequeno produtor local que foi responsável pela elaboração do primeiro Brunello Cru o icônico “Montosoli”. Finalmente em 2000 é a vez da Doga dela Clavule pequeno produtor de Maremma para elaboração da denominação Morellino di Scanzano. Hoje a empresa de Elisabetta possui 1.100 hectares de terra dos quais 254 plantados com vinhedos (Caparzo 83 ha, Altesino 44 ha, Borgo Scopetto 70 ha, e Doga dela Clavule 57 ha). Alguem ainda duvída da capacidade comercial desta mulher? Quem já provou seus vinhos entende muito bem o porquê de seu sucesso. Notícias vindas da Itália nesta semana confirmam que a Caparzo acaba de adquirir mais 4,5 ha de vinhedos, aumentando desta forma sua produção de Brunellos e Rossos desta marca. No Brasil os vinhos da Caparzo, Borgo Scopetto,e Doga dela Clavule são representados pela Importadora Barrinhas, enquanto os Altesino pela Via Vini.