AA degusta vinhos brancos da Grécia

Dionisio o Deus do Vinho era filho de Zeus e da princesa Sêmele e ganhou notoriedade entre os deuses do Olímpio e os humanos por ensinar a estes o cultivo das vinhas. Já por esta curta história podemos deduzir a quanto tempo se produz vinhos nesta terra encantada, estima-se 4 mil anos. Ainda assim pouca gente conhece os vinhos gregos, mas aqueles que tem esta oportunidade acabam sempre tendo garrafas dos mesmos em suas adegas pois além de serem muito bons costumam ter longa vida. Hoje são por volta de 130 mil hectares dos quais 70 mil de uvas viníferas e cerca de 180 mil produtores. Suas variedades principais são as brancas Assyrtiko, Moschofilero, e a tinta Xinomavro. Para esta degustação o tema escolhido foi vinhos brancos da Grécia, vamos conhecer um pouco das características dos vinhos elaborados com estas variedades: Moschofilero, gera vinhos brancos muito aromáticos, marcados pelos aromas florais e minerais, na boca costumam ser leves, mas com alta acidez. Já a Assyrtiko gera vinhos mais intensos em mineralidade, muitas vezes com leve salgadinho, frutados lembrando maça verde pêssego e quando mais antigos muitos complementam sua paleta olfativa com aromas de querosene, mel, e frutos secos como noz e avelã e de certa forma lembrando um pouco os Riesling. Na boca muita acidez e mineralidade. Vamos agora conhecer os quatro vinhos degustados

1 Estate Argyros Couveé Monsignori 2018 – Varietal 100% Assyrtico sem passagem por madeira com 14% de álcool. Marfim brilhante. Armas de petrolato mais intenso, benzina, fosforo, cítrico, e peras portuguesas. Na boca ótima acidez, estruturado, bom corpo, seco, permanência longa, pedindo mais tempo de garrafa. Um Assystico top delinha com muita qualidade. R$ 773 na Winery.com. Trazido pelo confrade Maranhão – Nota 93/100

2 Monograph Gaja 2019 – Varietal 100% Assyrtiko, sem passagem por madeira, com 12,5% de álcool. Palha verdeal brilhante. Frutas brancas, mineral, leve petrolato, pedra molhada, casca de limão. Ótima acidez, corpo curto, mais leve , seco e vibrante. Um vinho mais leve, mas com ótima acidez e mineralidade.   R$ 221 na Mistral para esta safra Trazido pelo confrade Ricardo – Nota 90/100

3 Sigalas Santorini 2011 – Varietal 100% Assyrtico, sem passagem por madeira com 14,2% álcool. Cor rosada brilhante. Mineral morango bem maduro, leve dulçor de fruta e toque terroso. Na boca alta acidez, leve tanicidade, encorpado, seco, final de boca com tutti fruti. Um vinho com linda acidez, mas perdeu para os irmãos mais jovens por conta do olfativo mais maduro já com evolução. 25 Euros na Europa, trazido por WTommasi – Nota 89/100

4 Tselepos Canava Chrissou ‘Vieilles Vignes’ Santorini 2017 – Varietal 100% Assyrtico sem passagem por madeira com 14% de álcool. Dourado brilhante. Olfativamente mais marcado pela mineralidade, pedra molhada, fluido de isqueiro, talco e leve cítrico. Na boca, ótima acidez, seco, longo, final mineral com aquele toque salgadinho de brisa do mar. Ótimo exemplar, mais vertical e direto, agradou. 34 Euros na Europa. Trazido por Regis Nota 92/100

Meus favoritos por ordem de preferência: Estate Argyros Couveé Monsignori 2018, Tselepos Canava Chrissou Santorini 2017, Monograph Gaja 2019, Sigalas Santorini 2011  

Os favoritos do grupo por ordem de preferência: Estate Argyros Couveé Monsignori 2018, Monograph Gaja 2019, Tselepos Canava Chrissou Santorini 2017, Sigalas Santoini 2011 

Próxima degustação da confraria será Mersault  a ser realizada no mês de dezembro.

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