Os Abatidos 251 – Gravner Anfora 2006

Produtor:  Josko Gravner

Uvas 100% Ribolla Gialla

Friuli – Itália

14,5 % de álcool

Preço R$ 1.080,00 na Boccati

Faz um bom tempo que quero abrir este vinho que tive a oportunidade de comprar na Itália ainda a preços aceitáveis, confesso que comprei durante o boom dos vinhos laranjas, um modismo que durou pouco por conta de ser um vinho bem fora do padrão, mas chamar a atenção por ser novidade? mas o que muita gente chama como novidade, na verdade, tem origem na Georgia e é produzido há mais de 8 mil anos. Se você pesquisar mais sobre este antigo processo, encontrará que as uvas brancas eram colocadas com seus engaços em Kvevris (ânforas de terracota, em formato de ovos e revestidos com cera de abelhas) que normalmente ficavam enterradas por semanas ou até meses. Isso dependia do produtor e da variedade utilizada, se beneficiando de temperaturas mais baixas.  Francesco Josko Gravner nos anos de 1990 foi o responsável pelo ressurgimento e globalização dos vinhos laranjas, genial produtor esloveno/friulano que, após visitar a Georgia, decidiu abandonar o estilo de vinhos que fazia, iniciando a técnica ancestral dos vinhos laranjas no Friuli, tornndo-se uma referência mundial de vinhos laranjas.

Vinificação e Guarda – Elaborado com a branca Ribolla Gialla produzida especialmente no Friuli onde gera bons vinhos brancos, espumante e especialmente vinhos laranjas, tem presença também na Eslovênia e na Grécia de onde a história diz ser esta uva originária O milenar processo consiste em elaborar o vinho branco nos moldes dos tintos deixando as uvas brancas macerarem por até mais de  7 dias até mais de 1 mês, mas Josko afirma que seus vinhos ficam até 7 meses neste processo em contato com suas cascas o que permite extrair taninos e de lhe conceder estrutura para posteriormente serem acondicionado em ânforas de barro da Georgia.

Descrição – Laranja indo para âmbar. Olfativamente traz frutas cítricas doces como mexerica, laranja, grapefruit, flores secas, mel, especiarias doces, ervas aromáticas e toque terroso. Na boca fica a grande diferença para os brancos, pelos taninos presentes, encorpado, ponta de álcool, boa acidez, longo final de boca confirmando o olfativo. Um vinho com diversas camadas aromáticas, maduro e muito gastronômico, certamente a referência dos vinhos laranja.

Vinho tomado junto aos amigos Didu Russo, José Luiz Borges e Olavo Maciel em almoço onde cada um levou um vinho “para tomar com amigos”

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Avaliação 4

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