O Brunello di Montalcino é considerado hoje por muitos como o melhor tinto italiano junto ao Barolo, mas diferente deste, sua fama só ocorreu mais recentemente com o surgimento de muitos produtores novos que exploraram de forma mais profissional o mercado de vinhos. Casanova di Neri é um bom exemplo disto, 1971 o comerciante de grãos Giovanni Neri adquire a vinícola Podere Casanova e inicia sua trajetória no mundo do vinho. Seu primeiro rotulo, um Rosso di Montalcino é lançado em 1977, e no ano seguinte lança também seu Brunello di Montalcino. Hoje a Casanova di Neri possui sete vinhedos: Fiesole, Cerretalto, Collalli, Podernuovo, Pietradonica, Giovanni Neri, e Cetina. Com uvas próprias elabora nove rótulos a saber: Brunello Cerretalto, Brunello Giovanni Neri, Brunello Tenuta Nuova, Brunello Etichetta Bianca, Rosso Giovanni Neri, Rosso Casanova di Neri, Pietradonice IGT, Irrosso IGT, Irrosé IGT, Ibbianco IGT
Durante nossa degustação provamos cinco exemplares do Brunello Tenuta Nuova, vamos a eles:
Brunello di Montalcino Tenuta Nuova 1998, considerada uma boa safra, com 14% de álcool com passagem de aproximadamente 30 meses em Bottes. Granada, alta concentração, halo de evolução. Olfativamente complexo trazendo violetas, ameixa, cereja, grafite, chocolate amargo e toque leve de ervas aromáticas. Na boca ótima acidez, seco, taninos finos ainda presentes, persistência longa, retrogosto trazendo de volta a cereja e nuances de alcaçuz. Um vinho maduro prontíssimo, para mim foi o segundo melhor vinho do painel
Brunello di Montalcino Tenuta Nuova 2004, considerada uma safra excelente, com 14,5% de álcool com passagem de 29 meses em Bottes. Granada, média concentração, halo de evolução. Mais um exemplar com grande complexidade olfativa, frutas vermelhas maduras, violetas, alcaçuz, sottobosco, toque metálico e ervas secas. Na boca tripé perfeito, longo, e extremamente elegante, final suculento, sedoso simplesmente delicioso. Foi meu favorito do painel
Brunello di Montalcino Tenuta Nuova 2005, considerada safra média, com 14,7%d e álcool e passagem de 36 meses em Botttes. Rubi, extra tinto sem halo aparente. Olfativamente com predominância de aromas terciários toques de ervas, flores e frutas vermelhas maduras e grafite. Na boca potente, alta acidez, encorpado, taninos presentes, longo final de boca mais pesado e alcoólico.
Brunello di Montalcino Tenuta Nuova 2011, considerada boa safra com 14,8% de álcool e passagem de 36 meses em botes mais 15 meses em garrafa. Granada, ralo, leve halo. Nariz com fruta vermelha madura, toque terroso, tabaco, violetas, e madeira velha. Na boca bom equilíbrio mesmo que o álcool seja mais presente que acidez e taninos, e boa persistência. Um vinho mais austero que me agradou bastante
Brunello di Montalcino Tenuta Nuova 2016, considerada safra excelente, com 14,7% e passagem de 36 meses em botes. Granada, média concentração, sem halo. Nariz com frutas vermelha frescas, café, violetas, seiva, e um toque mineral. Na boca ainda selvagem, com alta acidez, taninos presentes, estruturado, longo, picante e muito gastronômico. Vinho de alta qualidade, mas muito jovem pedindo mais anos de garrafa
Uma experiência única, E que venham outras iguais.
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