Os vinhos ganham envelhecendo no fundo do mar?

Recentemente li um artigo no jornal espanhol El País que achei interessante escreveresta curta matéria. Tudo começou em 2010, quando 168 garrafas de champanhe foram encontradas em um naufrágio no Mar Báltico entre elas, 48 de Veuve Clicquot datadas de 1839 a 1841 que chegaram a ser vendidas por volta de 15 mil USD a garrafa. Posteriormente um estudo da Universidade de Reims revelou que as condições em que os vinhos espumantes foram encontrados permitiram que o líquido mantivesse intactas as suas qualidades. Logo a moda pegou pois os resultados motivaram algumas vinícolas a começarem a experimentar a guarda de seus vinhos no mar, e isto ocorre já na Austrália, Chile, Croácia, Espanha, Estados Unidos, França, Itália, e até mesmo no Brasil onde algumas vinícolas já produzem ou produziram esses vinhos aquáticos?. Mas a pergunta que fica é se este processo realmente contribui de alguma forma, ou se é apenas uma estratégia para aumentar as vendas. Nada ocorre de diferente na colheita das uvas ou no processo de produção e fermentação dos vinhos ou no engarrafamento. Só no processo de maturação e que influência do mar poderia alterar algo, embora muitos deles completem uma primeira fase de envelhecimento em barricas antes de submergirem no oceano. O processo é bem simples, as garrafas são colocadas em gaiolas para descansar de 15 a 20 metros de profundidade, sendo acompanhado por micro extrações nas garrafas para verificar sua evolução de tempo em tempo, sendo que o padrão vai de 6 meses a 2 anos. Enfim, parece que depois de alguns anos de experiência ficou comprovado que o mar não faz milagres nem mascara defeitos, se um vinho nasce pobre, ou rico, continuará a ser pobre, ou rico depois da sua passagem pelas profundezas. Particularmente não posso opinar pois nunca tomei nenhum vinho envelhecido desta forma, mas minha impressão é que é mais uma forma de “diferenciação” visando aumentar vendas ou preço dos vinhos vendidos

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