Os Abatidos 162 – Trapi uma surpresa da Patagônia Chilena

12 de Novembro de 2020

Variedade:  Pinot Noir

Álcool:  12%

Vinificação: Colheita, seleção de cachos e grãos feta à mão. Temperaturas de fermentação entre 20 ° C e 24 ° C, fermentação com leveduras indígenas, contato com a pele por 21 dias, engarrafamento não filtrado.Açúcar Residual 1,27g / L | Acidez Total 3,94 | VA 0,7 | pH 3,55

Maturação: 12 meses em barricas francesas de terceiro uso.

Origem: Vale de Osorno – Patagônia Chilena

Vinho elaborado pela Trapi del Bueno de propriedade do enólogo Rodrigo Romero conhecido pelo ótimo trabalho realizado na vinícola Maquis. O projeto iniciou em 2000 quando Rodrigo e seu sócio iniciaram a busca de nova região para o plantio de uvas viníferas, em 2009 adquirem a propriedade no Vale de Osorno na Patagônia Chilena, em 2010 plantam os primeiros parreirais tornando-se pioneiros nesta região, uma das áreas de cultivo de vinho mais frias do país, tanto no plantio de uvas como na elaboração de vinhos pois em 2015 realizam a primeira vinificação. Em 2016 com o intuito de gerar caixa para o prosseguimento do projeto concluem acordo comercial com a Miguel Torres com a venda de metade da produção de uvas desta nova região, e também passam a participar do grupo MOVI. Já em 2017 realizam sua primeira exportação de vinhos, e em 2018 entram para o grupo Novo Chile. Com o sucesso de seus vinhos em 2019 decidem expandir a área plantada. Os vinhos elaborados por esta vinícola seguem os preceitos da vitivinicultura de baixa intervenção, usando leveduras indígenas, não fazendo controle de temperatura, nem filtração e utilizando uvas de cultivo orgânico.

Preço: R$ 230,00

Onde encontrar: Da Girafa

O vinho provado Trapi del Bueno Hand Made Pinot Noir 2017 apresentou cor rubi, ralo, sem halo de evolução. No nariz, muita tipicidade, morangos, amoras, couro, um toque sanguíneo, e boa mineralidade. Na boca acidez cortante, taninos muito finos, corpo leve, persistência longa, final de boca mais marcado pela mineralidade do que pelas frutas. Um vinho austero, mas deliciosamente equilibrado. Aqui está um Pinot do novo mundo que se aproxima a delicadeza dos borgonhas. Não quero entrar na velha e cansativa discussão de que os pinot da Borgonha são os únicos verdadeiros pinot. Sou da opinião de que esta uva se expressa de forma única em cada local que é plantada, gerando vinhos diferentes, talvez até de forma mais  acentuada que as outras varietais. Quero apenas deixar registrado que este exemplar da Patagônia chilena é tão elegante quanto um francês, só isto. Já estou sugerindo este vinho para aos membro de minha confraria “Baixa Intervenção” tenho certeza que que irão apreciar. Claro que fica aqui a dica para os apreciadores de vinhos naturais de alta qualidade. Não deixem de provar, e quem puder por favor me mande seus comentários.

Avaliação 3,5

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