Cheval de Los Andes em novo patamar

Gerald Gabillet

E o tempo passe dizia o comentarista Fiori Gigliotti, foi em dezembro de 2021 que participei do último lançamento do Cheval safra 2018. E o tempo passou, e ontem junto grande maioria da boa mídia de vinhos de São Paulo estive em requintado almoço de lançamento do Cheval de Los Andes da safra 2019 no badalado Kinochita e que contou com a presença do simpático e atencioso Mateus Turner, e do diretor e competente enólogo da vinícola, Gerald Gabillet, e da diretora da Moet Hennessy no Brasil Catherine Petit. O welcome drink foi seu champagne Moët & Chandon Grand Vintage 2012. A seguir passamos para a vertical de Cheval de Los Andes composto das safras 2017, 2018 e de lançamento 2019. Feliz em notar o avanço da Cabernet Sauvignon no corte de 2019, que deixa o vinho ainda mais parecido com os grandes Bordeaux e foi isto que pude constatar quando comparei a safra 2019 que tem 50% de Cabernet e 50% de Malbec, contra  2018 onde a Malbec predominava com 70% e a Cabernet ficava apenas com  30%. Comentei com Gerald que o 2019 em minha opinião tinha superado de longe as outras duas safras servidas especialmente a 2018 por conta da maior presença de Cabernet Sauvignon. Ele concordou comigo e já adiantou uma pequena alteração para a safra 2020 a ser lançada no próximo ano com pequena presença de Petit Verdot, e que ficarei ainda mais contente com a safra seguinte. Será que a Cabernet finalmente será predominante? Foi também informado uma alteração no preço de venda do Cheval que passa dos R$ 700,00 para 1.050,00  portanto se o leitor encontrar algum estoque antigo em alguma loja na perca tempo. Bem vamos ao descritivo das 3 safras provadas.

Cheval de Los Andes 2017 – Corte com 62% Malbec e 38% Cabernet Sauvignon com 13,9% de álcool. – Rubi, extra tinto, sem halo. Frutas negras frescas, tabaco, pimenta do reino, flores escuras, chocolate, e leve terroso. Na boca, tripé correto, ótima acidez, taninos domados, corpo médio, final de boca frutado, austero e mais estruturado do que o 2018. Vinho de boa complexidade olfativa e fácil de beber e gostar.

Cheval de Los Andes 2018 – Corte com 70% Malbec, e 30% Cabernet Sauvignon com 14,5% de álcool. – Rubi, extra tinto, sem halo. Fruta vermelha madura, chocolate, menta, tostado, e alcaçuz e baunilha. Na boca acidez correta, taninos finos ainda presentes, corpo médio, retrogosto com frutas vermelhas mais adocicado e chocolate. Um vinho macio, frutado, com certa mineralidade, e que me pareceu mais macio e achocolatado do que o provado no ano passado.

 Cheval de Los Andes 2019 – Corte com 50% Cabernet Sauvignon (Vinhedo Las Compuertas)  e 50% Malbec (Vinhedos de Altamira e Las Compuertas), com 14% de álcool e passagem de 14 meses em barricas e fouldres  (85% franceses, e 15% alemães, austríacos e eslovenos).- Rubi com reflexos violáceos, extra tinto, sem halo. Frutas vermelhas e negras frescas, tabaco, alcaçuz, menta, grafite especiarias, e toque de cacau. Na boca tripe acidez, álcool e taninos já harmoniosos, bom corpo, persistência longa final mais austero com fruta e terciários. Um vinho complexo, austero com tremendo potencial de guarda, o melhor Cheval de Los Andes que já provei.

Aproveito para agradecer o gentil convite para este delicioso almoço regado de grandes vinhos! Sucesso

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