Provino começou com o pé direito

Na semana passada tive o prazer de participar de um dia de atividades da ProVino, em sua primeira edição, que contou com a presença
de produtores e importadores de vinhos do Brasil, Argentina, Chile, França, Itália,
Portugal e Uruguai, Bolívia e Áustria. O resultado não poderia ser melhor, pois
a feira teve foco em profissionais do setor o que tornou a mesma mais
fácil de ser aproveitada pelos diferentes segmentos de interesse. Para os
produtores internacionais os importadores brasileiros em busca de novos rótulos,
para os produtores nacionais e importadores presentes, os donos de restaurantes,
enotecas, sommelier etc, e para nos, jornalistas e formadores de opinião finalmente espaço e tempo para poder provar e escrever sobre os vinhos
apresentados. Desta vez não presenciei nenhum empurra empurra, não vi ninguém alcoolizado
falando alto e querendo aquele vinho “me dá o melhor que você tem ai” enfim saí
realmente satisfeito e com muito material. Portanto deixo aqui registrado meu
reconhecimento aos organizadores Malu Sevieri e Rico Azeredo, sócios da Emme
Brasil, e Christian Burgos, sócio da Editora Inner, que viabilizaram a ProVino
de forma profissional. Tenho certeza que este será a primeira de muitas feiras
voltada para profissionais substituindo a extinta Expovinis. Muita gente poderá
me perguntar e os consumidores finais como ficam? Lembro que já existem algumas
outras feiras como a Wine Weekend e a Encontro de Vinhos além das organizadas
pelos próprios importadores específicas para este segmento.
Claro que como só tive tempo de ir em um dia não
consegui provar tudo, vamos portanto conhecer meus favoritos entre os provados:


No Stand do Uruguay que contava com a presença de
suas vinícolas mais premiadas: Bracco Bosca, Castillo Viejo, Antigua Bodega, El
Capricho, Establecimiento Juanico/Familia Deicas, Familia Traversa, Brisas,
Gimenez Mendez, H. Stagnari, Montes Toscanini, Finca Narbona e Varela Zarranza,
só provei os vinhos da Montes Toscanini e meu destaque ficou para o Carlos Montes
2017  um delicioso Tannat  com 2 anos de passagem por barrica americana e
13% de álcool.





Representando o Chile estavam presentes Casa
Silva, Dos Almas, Hacienda Maule, Morandé, Nobel Chile , Concha y Toro,  Sur Valles, e Patria Nueva da qual gostei
muito do  Patria Nueva Cabernet Sauvignon
Reserva Especial 2018, vinho redondo leve para o dia a dia.









No stand de Portugal as marcas 5 Bagos, Convivo
de Sabores, Grande Porto, Vallegre, e Fladgate Partnership com Taylor’s,
Fonseca, Croft e Krohn. Não provei nenhum

Pela  França a Vignobles Bouillac, Bleu de Mer com
seu
Bernard Magrez Bleu de Mer Premium 2018 um rosé limpo com
muito tutti fruti e mineral, fácil de
beber trazido pelo Grupo Ciclon  









A Bolívia também esteve presente com os surpreendentes
vinhos da vinícola

Kohlberg onde meu destaque ficou para o Kohlberg
Cabernet Sauvignon 2016, um vinho austero muito bem elaborado.










No stand da Itália tive a oportunidade de
provar mais vinhos e dou destaque a dois: o Campi Flegrei 2018 um delicioso Falanghina
bem floral, com toque salgadinho e muito frescor na boca. O produtor fez questão
de servir um da safra 2014 que mostrou todo o potencial de guarda do mesmo, e
que acabou lembrando um bom Riesling. O segundo vinho foi o complexo Nero D’Avola
Eughenenes 2017 muito senhoril quando comparado com a média de vinhos desta
casta, agradou muito.

Dos produtores nacionais provei cinco vinhos da
Thera, nova vinícola de Santa Catarina onde se destacou o Thera Mandai 2017 um
corte de Merlot, Cabernet Franc, Malbec, e Syrah com 12 meses de barrica francêsa,
vinho elegante suculento. 
Na Miolo meu amigo Fábio não me deixou sair
enquanto eu não provasse 7 exemplaresdentre os quais tenho que destacar o espumante
sensacional complexo, cremoso Miolo Iride com 10 anos de sur lies produção de 1800
garrafa. Rs 400.
Na Valduga me agradou demais o austero Casa
Valduga Cabernet Franc 2015  um vinho que
comprova o potencial da variedade nos países da América do Sul incluindo o
Brasil










Entre os importadores visitei a Monvin e dos 5
vinhos provados o que mais me agradou foi o 
Siendra Chappillion 2017  um corte
espanhol com 80% de Garnacha  7% de Merlot, 7% de Cabernet Sauvignon, e 6% de Syrah
 com 16 mesesde passagem por barricas de segundo uso.
 Um vinho vibrante, nervoso com ótima
acidez e taninos domados. R$ 174







Na visita à World Wine me agradou demais o Herdade
do Rocim 2017, um corte de Touriga Nacional, Alicante Bouchet e
Aragones. Um vinho direto, com fruta
limpa e gostosa emuita  mineralidade .









W Tommasi e João Valduga

Agora só falta esperar o evento de 2020
Parabéns aos idealizadores.

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