Prosecco uma história de sucesso

Prosecco pode não ser o favorito dos grandes tomadores de espumantes que se deliciam com champagnes e, franciacortas mas ninguém pode negar que um dos maiores sucessos de venda dos tempos modernos da indústria do vinho. A Itália seu país de origem alcançou em 2020 o volume de vendas de 750 milhões de garrafas das quais 500 milhões com denominações Prosecco contra 140 milhões a 10 anos atrás o que comprova este alucinante crescimento. A região do Veneto foi a casa materna onde nasceu o Prosecco que hoje é responsável por 82% da produção nacional de espumantes seguida pelo Piemonte com 10,7% pela Lombardia 3,3%, Trentino 1,9% e finalmente, e Emília Romagna com 1,4%. Para entender um pouco mais da história de sucesso deste espumante e fundamental saber que para fixar a DOC e a DOCG os produtores decidiram até mudar no nome da uva que deixou de ser Prosecco passando para Glera, o que acabou restringindo o uso do nome Prosecco apenas para as regiões de origem desta variedade que são Veneto e Friuli e Trentino e agora com a proteção da legislação europeia. Esta mudança tornou ilegal o uso do nome Prosecco para vinhos produzidos fora do nordeste da Itália que anteriormente permitia que qualquer vinho feito com esta uva, em qualquer lugar do mundo, poderia ser chamado de Prosecco. A principal casta utilizada na vinificação do Prosecco é a Glera, com 85% sendo os restantes 15% das autóctones Verdiso, Bianchetta Trevigiana, Perera e Glera Long, e de 4 variedades internacionais Pinot Bianco, Pinot Grigio, Pinot Nero e Chardonnay.

Existem 3 denominações para o Prosecco: DOC elaborado com uvas de todo o território permitido pelas regras dos consórcios, de áreas planas com colheita feita por maquinário, DOCG, com uvas de Conegliano Valdobbiadene e Asolo, colheita manual e rendimentos de produção menores, e finalmente DOCG Superiore com uvas da área denominada “Pentagono Dourado” onde é produzido o exclusivo espumante Cartizze. Área com 108 hectares onde a produção de uvas é reduzida ao mínimo. Para finalizar fiquei sabendo nesta semana que passou que as importações de Prosecco pela França alcançaram o número recorde de 25 milhões de garrafas importadas durante a temporada de 2021, número este que leva a França ao quarto lugar no ranking dos principais importadores de Prosecco, apenas atrás dos Estados Unidos, Grã-Bretanha e Alemanha, com 5,7% de participação no total das exportações festa denominação. Acho que isto significa muito pois o francês sempre foi avesso às importações de espumantes, pelo fato de terem seus aclamados e complexos champagnes e bons crémants e espumantes, mas a globalização tem permitido aberturas para novas alternativas e o Prosecco é o que melhor tem aproveitado essas oportunidades

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