Vinhos da Península ibérica na Premium

Nesta semana passada participei de evento organizado pela Premium do sempre competente Orlando Pinto Rodrigues e que contou com a presença de Manoel Lobo de Vasconcelos com seus vinhos do Alentejo e Douro, Mario Sergio Alves Nuno  da Quinta das Bágeiras, Paulo Nunes da Casa da Passarella e da Quinta da Perdonda do Dão, João Roseira da Quinta do Infantado do Douro e do Porto, e finalmente Joan Arrufi da Altavins da Catalunha. Foram disponibilizados 45 rótulos alguns deles ainda não importados para o Brasil.  Nesta matéria quero apenas fornecer alguns detalhes de cada produtor, citar os meus vinhos favoritos de cada produtor e a descrição detalhada de cada um deles.

Lobo de Vasconcelos Wines – Comandada por Manuel Lobo da oitava geração da família de mesmo nome, premiado como Enólogo do ano em 2020 pela revista grandes escolhas e que agora decidiu produzir também vinhos fora do Douro, escolhendo o Alentejo para elaborar vinhos com frescor e elegância com seu projeto pessoal nesta importante região de Portugal. Manuel cultiva práticas sustentáveis na produção de seus vinhos. Meu destaque foi para o Lobo de Vasconcelos LV Reserva branco 2021 – Corte com 50% Arinto e 50% Verdelho com 12,5% de álcool e passagem de 9 meses em barricas de carvalho francês. Dourado brilhante. Nariz marcado pelos aromas de pêssego, frutas brancas, cereais, defumado e mineralidade. Na boca ótima acidez, estruturado, cremoso, persistência longa final de boca refrescante, vibrante prometendo boa guarda. R$ 501

Quinta das Bágeiras – Com a presença de Mario Sergio Alves Nuno da 3ª geração da família a Quinta das Bágeiras é referência de grandes vinhos da região da Bairrada. Sergio é defensor da produção de vinhos autênticos elaborados com uvas de vinhedos próprios e com menor intervenção possível no processo de produção. Sergio também e fundador do grupo Baga Friends assim como criador do projeto Vigneron. Meu destaque fica ara o Quinta das Bágeiras Aldeia da Fogueira 2012- Varietal 100% Baga com 13% de álcool engarrafado sem colagem ou filtração. A safra 2012 foi colocada no mercado depois de 12 anos de adega. Rubi, extra tinto, leve halo de evolução. Complexo trazendo frutas negras com leve evolução, cereja, toque floral, grafite, especiarias, e delicado tostado bem integrado. Na boca acidez cortante, taninos sedosos, encorpado, picante persistência longa retrogosto trazendo toda a complexidade do olfativo. Um vinho surpreendente, pronto para beber mas com muita vida ela frente R$ 2.587

Quinta da Perdonda – A vinícola está situada na encosta da Serra da Estrela, no Dão. Trata-se do projeto pessoal do enólogo Paulo Nunes e sus amigos Paulo Pinheiro e Francisco Batista, que teve início em 2017. São 3 hectares de vinhas, plantadas em 1948, com clima de montanha, em solo granítico com algum calcário, e lençóis freáticos profundos. Meu destaque ficou com o Quinta da Perdonda 1° Talhão 2018 que recentemente ficou em quinto lugar na top ten list da Revista Essência do Vinho, com os melhores de 2023, além de obter o prêmio de Excelência da mesma publicação. Ele é um corte de Baga, Jaen, Tinta Amarela Bastardo e outras com 13,2% de álcool com passagem de 27 meses em barricas francesas usadas. Rubi indo para granada, leve halo. Nariz marcado por cereja, framboesa, nota cítrica, canela, balsâmico e agradável tostado. Na boca tripé acidez, taninos e álcool em perfeita harmonia, corpo médio para amplo, retrogosto trazendo as frutas maduras e terciários bem integrados. Um vinho senhoril muito elegante e sedoso. R$ 1.032

Altavins – Fundada em 2001 por Joan Arrufi em Batea na denominação Terra Alta na Catalunha esta pequena vinícola só elabora vinhos com baixa intervenção. Tem como foco a variedade Garnacha nas versões branca, tinta e peluda e a cariñena de vinhas velhas. Os vinhedos encontram-se em solos, ricos em rochas calcárias, o que proporciona uma ótima drenagem. A altitude varia de 350 a 550 metros, com clima mediterrâneo, baixa pluviosidade e sol abundante, além de dois ventos dominantes: El Cerç, que vem do interior, e El Garbí, que vem da costa. Todas estas características favorecem a adoção de uma viticultura sustentável. Para este produtor meu destaque ficou para o Altavins Selecciò Carinyena DO Terra Alta 2018 Varietal 100% Cariñena com 14,5% de álcool com passagem de 12 meses em barricas de carvalho francês e 12 meses em ânfora. Rubi, média concentração sem halo. Nariz marcado elas frutas vermelhas maduras, com leve evolução, especiarias doces, leve balsâmico, tomilho e tostado delicado. Na boca tripé acidez taninos e álcool no ponto correto, taninos domados, estruturado, mas sem perder a suavidade, Um vinho com textura agradável e muita vivacidade. R$ 955

Mais vinhos degustados em próximos posts.

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