A Merlot é uma variedade tinta originária da região de Bordeaux onde disputa o título de melhor uva vinífera com a irmã a Cabernet Sauvignon, mas esta disputa não tem muito sentido pois ambas têm características diferentes além de fazerem um par perfeito como uvas majoritárias nos badalados cortes bordaleses. A Merlot possui casca fina, menos taninos, tem bagos maiores e cor menos intensa gerando vinhos mais macios e elegantes, com menor presença de taninos e até mesmo de acidez. Esta variedade tal qual a Cabernet tem grande adaptabilidade e hoje traz grandes vinhos em muitos países do mundo como França, EUA, Itália, Austrália e até mesmo no Brasil. Para esta degustação decidimos tomar grandes Merlot e a escolha acabou recaindo sobre 4 franceses 1 americano e um brasileiro. Vamos aos vinhos:
1 Vieux Chateau Certan Grand Vin Pomerol 2018 -França – Varietal 100% Merlot com passagem de 20 meses em barricas francesas sendo 75% novas, e 13% de álcool. – Violáceo, extra tinto, sem halo. Frutas negras frescas, cassis, floral, tabaco, especiarias, grafite e leve tosta. Na boca, ótima acidez, taninos finos presentes, ponta de álcool, longo, retrogosto frutado com leve amargor. Um vinho muito jovem e vibrante pedindo mais anos de guarda em garrafa. – R$ 3.400 na Wine Trader para safra 2018. Minha nota 90/100
2 Chateau Lapelletrie Grand Cru 2012 – França – Varietal 100% Merlot com passagem em tanques de aço inox, cimento e barricas de carvalho, 13% de álcool. Rubi, extra tinto, leve halo. Fruta vermelha, couro, fosforo, leve menta e tostado. Na boca tripé correto, curto, faltou um pouco de meio de boca, retrogosto com fruta vermelha com certa evolução. Não disponível no Brasil 34 Euros na Europa. Minha Nota 89/100
3 Chateau Clinet Pomerol 2006 – França – Corte de Merlot (85%), Cabernet Sauvignon (10%) e Cabernet Franc, com passagem de 12 meses por barricas francesas, sendo 70% de primeiro uso e 30% de segundo, com 13% de álcool- Rubi extra tinto, leve halo. Fruta negra madura, framboesa, azeitona, couro, floral lembrando rosas, e tostado bem amalgamado. Na boca tripe, acidez, taninos e álcool bem harmonioso, macio, final furtado terroso e tostado. Vinho austero maduro delicioso. – R$1.050 na Costi Bebidas para safra 2006. Minha Nota 92/100
4 Chateau Lagrange Pomerol 2000 –França – Varietal 100% Merlot com passagem de 18 meses em barricas francesas sendo 40% novas, e 13% de álcool. – Rubi extra tinto halo de evolução. Pétala de rosas, frutas negras maduras, grafite, pimenta do reino, tostado agradável. Na boca Tripé correto, boa estrutura, longo, mas elegante, retrogosto trazendo o floral de volta e toque de menta. Um típico Merlot com frutas já evoluídas ainda no ponto certo de consumo, mas não esperaria mais para abrir. R$ R$ 767 na Interfood para safra 2006. Minha Nota 93/100
5 Grgich Hill Estate Merlot 2009 – USA – Varietal 100% Merlot com passagem de 2 anos por barricas francesas e americanas com 14,4% de álcool. Rubi, extra tinto, leve halo. Fruta negra madura, grafite, floral, laranja sanguínea, especiarias, menta e alcaçuz. Na boca ótima acidez, potente, ponta de álcool, final de boca com fruta e toque terroso. Um vinho mais musculoso bem no estilo novo mundo. Não disponível no Brasil USD 44 nos EUA. Minha nota 92/100
6 Merlot Terroir Miolo 2005 – Brasil – Varietal 100% Merlot com passagem de 12 meses em barricas novas de carvalho francês, com 14% de álcool. – Rubi azulado, sem halo. Olfativamente marcado por terciários, café, madeira velha, terroso, fruta negra madura quase compotada, e toque balsâmico. Na boca, ótima acidez, taninos resolvidos, encorpado, suculento, retrogosto Furtado e alcóolico. R$ 160 no mercado brasileiro. Minha nota 89/100
Meus favoritos por ordem de preferência: Lagrange, Lagrange, Clinet, Grgich, Certan, Lapelletrie, Terroir
Os favoritos do grupo por ordem de preferência: Clinet, Lagrange, Certan, Lapelletrie, Grgich, Terroir
Próxima degustação da confraria será Vinhos brancos da Grécia a ser realizada no mês de novembro.